Após cinco anos no Qatar, onde encontrou outra forma de enxergar o futebol, o apoiador Felipe voltou ao Brasil e encontrou a mesma realidade que o fez pensar em tentar a independência financeira no Oriente Médio. O atual camisa 6 do Vasco, porém, quer trazer de volta a torcida para o lado do cruzmaltino.
- A estrutura, infelizmente, continua a mesma desde quando eu comecei aqui: sala de musculação, vestiário. Até mesmo atrasos de salários já são esperados. Eu posso dizer que, se atrasar, porém, eu tenho como segurar a onda porque o pé de meia está feito. A minha missão agora é resgatar a torcida que andava meio desacreditada, não estava comparecendo - disse à revista ESPN.
Felipe lembrou ainda que o principal incentivador para sua volta foi o ex-companheiro de Vasco, Pedrinho. Ele fez questão de defender o amigo, que saiu do clube pela porta dos fundos, logo depois do rebaixamento para a Série B, em 2008.
- Não o trataram da maneira mais correta no Vasco, né? Ele foi sacaneado aqui e ainda assim falava: Você tem que voltar pra lá, tem de ser lá. E me ligava sempre, mais chato que repórter - afirmou, bem-humorado.
O jogador citou o ex-presidente do clube, Eurico Miranda, com quem já teve problemas, mas que, segundo ele, já fez muito pelo Vasco.
- Tive alguns problemas com Eurico, mas posso dizer que ele era muito bom para o Vasco, fazia tudo para o time - ressaltou.
O camisa 6 faz questão de observar também, que os dribles que o fizeram se tornar ídolo do Gigante da Colina continuam os mesmos. É tudo uma questão de se acostumar novamente com o ritmo do futebol brasileiro.
- O nível da qualidade técnica no Qatar é bem baixo. O jogo é muito corrido. Eles tocam a bola e você tem que se virar - finalizou.