Há mais de um mês treinando, Felipe não vê a hora de entrar em campo novamente. Ainda mais com a camisa do Vasco, onde iniciou a carreira e conquistou seus principais títulos. Quis o destino que esse recomeço em São Januário fosse justamente diante do rival Flamengo, no próximo domingo, no Maracanã. O ídolo está ansioso, e o friozinho na barriga será inevitável. Mas a vontade de ajudar o clube do coração é tanta que supera até possíveis vaidades.
A começar pelo desejo de usar a braçadeira de capitão. Sem Carlos Alberto em campo, coube a Fernando Prass a missão nos últimos jogos. Mesmo com toda a identificação que tem com o clube, Felipe garante que a braçadeira é indiferente.
Converso com os mais jovens, com os mais experientes. Independentemente da braçadeira de capitão ou não, o importante é o Vasco vencer. Temos que ter esse espírito de coletividade no grupo explicou.
Em 2004, Felipe teve participação decisiva em um Flamengo e Vasco. Com a camisa rubro-negra, foi um dos destaques do título carioca. De volta à casa, ele não se preocupa em retribuir aos vascaínos por aquela decepção. Minimizando sua passagem pela Gávea, lembra que o importante é sempre fazer seu melhor:
É passado. Sempre gostei de grandes jogos e procuro fazer meu melhor no clube. Naquela época era o Flamengo, hoje é o Vasco.
A saudade do Maracanã também incomoda. Já são cinco anos sem pisar no estádio. Regularizado, o craque espera ser titular no clássico e lembra que a saudável dor de cabeça para arrumar lugar no time para tantos novos jogadores pertence ao técnico PC Gusmão. Seus problemas agora são outros.
Se meu pai não enfartar está bom (risos) disse, sobre a ansiedade da família.