Se os filiados Vasco e Fluminense não se entendem, a Ferj decidiu agir por conta própria. Depois do caos na final da Taça Guanabara por causa da briga envolvendo o posicionamento da torcida, o presidente Rubens Lopes prepara uma resolução para vetar a realização do clássico no Maracanã enquanto os dois não entrarem em acordo sobre quem ocupará o lado Sul do estádio.
O documento, que está em fase final de redação, não resolve a questão definitivamente, mas pretende estancar a consequência dessa briga no Estadual.
A medida valerá para as competições chanceladas pela Ferj. Quando a organização é da CBF - como o Brasileirão - , vale a política de reciprocidade: 90% do Maracanã fica tricolor em mandos do Fluminense. A mesma proporção é usada pelo Vasco, que tem São Januário como casa.
Na final da Taça Guanabara, prevaleceu a vontade do Vasco, que foi mandante do jogo. Para isso, o clube teve apoio da concessionária do Maracanã.
O Fluminense alega que o contrato lhe garante o direito de ocupar o setor Sul, não importa o adversário. Mas a administração do estádio não entende assim e disse ao cruz-maltino que poderia ficar no lado que sempre ocupou na versão pré-reforma do Maracanã.
A questão é que a rixa entre os clubes gerou um transtorno para a Ferj, que viu a decisão do turno ser marcada pelas idas e vindas de decisões judiciais. Ao fim das contas, depois de confusão no entorno do estádio, a presença do público só foi liberada aos 30 minutos do primeiro tempo.