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Fla x Vasco: Clássico já tem o seu futuro garantido

Rio - Vamos entrar na máquina do tempo e viajar dez anos rumo ao futuro. Chegamos ao Maracanã, em 2019, para assistir a um clássico entre Vasco e Flamengo. Estádio lotado, muita expectativa e no gramado os repórteres fazem entrevistas com os principais astros da partida.

Pelo lado vascaíno, uma dupla aterroriza os zagueiros adversários. Usando a camisa 10, que foi consagrada pelo pai, Roberto, está Rodrigo Dinamite, exímio cobrador de faltas e matador nato. A seu lado está Romarinho, habilidoso e mortal na área, vestindo a camisa 11, imortalizada pelo paizão Romário. No outro lado, defendendo o ‘Manto Sagrado’, estão outros herdeiros da bola: Bruno Pantera, o zagueiro Patrick, Diego e a estrela da companhia, Matheus. Respectivamente, filhos de Donizete, Júnior Baiano, Djalminha e Bebeto. Todos seguindo a trilha dos pais famosos. Vai rolar a bola e a previsão é a de mais um Vasco e Flamengo inesquecível.

Voltamos a 2009. A semelhança dentro ou fora de campo é indiscutível. Numa quarta-feira de verão, sob um sol escaldante, os juvenis do Vasco disputam treino coletivo no Centro de Treinamento da Rodovia Washington Luís. Rodrigo Dinamite e Romarinho fazem a dupla de ataque.



Aos 15 minutos, Rodrigo lança Romarinho, livre. A zaga adversária pede impedimento, mas Romarinho não está nem aí. Dá um drible desconcertante no goleiro e somente não entra com bola e tudo porque tem humildade em gol.

Cinco minutos depois, novo lançamento feito por Rodrigo. Desta vez, Romarinho se dá mal. Leva uma falta violenta do zagueiro, que entra de sola na canela do atacante. O filho de Romário rola de dor pelo gramado. Pede gelo, olha de cara feia para o adversário, mas não reclama. Um segundo depois, parte com a bola para cima do agressor, dribla com facilidade e quase faz o segundo. A exemplo de Romário, ele se benze, fazendo o sinal da cruz.

Em seguida, é a vez de Rodrigo soltar uma bomba de longa distância, obrigando o goleiro a fazer defesa salvadora. Satisfeito com a jogada, abre um largo sorriso, igualzinho ao do pai Roberto. “Boa, Dinamite!”, grita um companheiro.

Melhor em campo, o time da dupla sai em alta velocidade, num contra-ataque quase mortal. Rodrigo domina a bola e Romarinho abre para a o bico da grande área, livre de marcação, pronto para ampliar o placar. Fominha, Rodrigo não dá o passe. Prefere arriscar, isolando a bola para o mato.

Pra quê. “P..., Dinamite! Passa a bola. Deixa de ser egoísta. Eu estava sozinho. Assim fica difícil. Quer me matar? Corri muito e você dá um chutão desse...”, reclama Romarinho.

Rodrigo não esquenta a cabeça com a bronca. De novo, abre o largo sorriso e dá de ombros. “Brigar para quê? A gente se entende. Ele é muito esquentadinho”, brinca o filho de Roberto Dinamite.

Espanha de olho em Matheus

Os filhos dos eternos craques do Flamengo também sonham alto. No mínimo, esperam alcançar parte do sucesso dos pais. “Não é tarefa fácil. Há o preconceito, cobranças em dobro, mas tudo dependerá do nosso trabalho”, conta Matheus, que foi homenageado pelo pai, na Copa de 1994, nos Estádios Unidos com o gesto eternizado do ‘embala neném’.

Bebeto acompanha de perto a carreira do filho. “Ele joga muito. Vai dar grandes alegrias ao Flamengo. Sabe bater na bola, é ótimo cobrador de falta e acima de tudo é um excelente caráter”, elogia o ex-jogador.

Pretendido pelo Barcelona e pelo Deportivo La Coruña, Matheus prefere ficar no Brasil. “Não sei se suportaria a saudade. É muito novinho. Tem só 14 anos”, comenta a mãe, Denise.

Matheus se orgulha do passado do pai. Mas conta que entrou no Flamengo por mérito próprio. “Comecei no futsal. Fiz teste com mais 300 meninos e passei. Só recentemente, quando fui convocado para a Seleção sub-15, é que ficaram sabendo de quem eu era filho”.

Pantera tem orgulho dos dois filhos

O Donizete Pantera enche a boca e fala com o peito inflado de orgulho: “Os meus filhos jogam demais. São verdadeiros craques”. O caçula, Renan, de 13 anos, trocou o Vasco pelo Flamengo. “Moro na Barra e treinar em Duque de Caxias era complicado. No Flamengo, os treinos são em Jacarepaguá, perto de casa”, justificou o Panterinha, que é apoiador.

O irmão, Bruno, 17 anos, é mexicano e está atuando no Palmeiras. “Joga tanto que vai ser convocado pela seleção mexicana. É um ótimo volante”, conta o pai coruja.

Júnior Baiano orienta Patrick para as dificuldades que encontrará. “Ele pode ficar tranquilo, pois não sofrerá com as comparações. Ele joga muito mais do que eu”, argumenta o zagueiro do Volta Redonda. Patrick desmente. “Meu pai joga muito. Foi a uma Copa do Mundo e sempre foi respeitado”.

O que não falta em Diego, filho de Djalminha, são os genes de craque, pois é neto também de Djalma Dias. “Tenho muito orgulho. Mas se eu não corresponder, não chego a lugar algum”, alerta.

Fonte: O Dia / Ataque
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