Futebol

Futebol Carioca vive bom momento e feito de 2011 pode voltar a acontecer

O futebol brasileiro já teve muitas histórias para contar neste jovem século XXI, mas os “novos anos 20” se pronunciam com o “s” chiado do sotaque carioca quando se fala em conquistas. De 2020 para cá, Flamengo, Botafogo e Fluminense viveram alguns dos anos mais vitoriosos de suas histórias, com títulos nacionais e internacionais. Nesta temporada, seguem, em maior ou menor grau, protagonistas de um Brasileirão que, com a arrancada do Vasco, pode terminar com os quatro grandes da cidade no topo da tabela pela primeira vez em 14 anos.

Dono do melhor ataque e da melhor defesa, o Flamengo disputa, rodada a rodada, a liderança com o Palmeiras. Poucas posições abaixo, Fluminense, Botafogo e Vasco travam disputa ferrenha pelas vagas na Libertadores, numa zona de classificação que deve aumentar, dada a presença de rubro-negro e alviverde na final da competição continental. A Copa do Brasil também mostra o bom momento carioca: Vasco e Flu se enfrentam em uma das semifinais, em dezembro. Um carioca estará na decisão.

Nas 22 edições de Brasileirão em pontos corridos disputadas até aqui, os quatro grandes estiveram na mesma divisão em 15 oportunidades, mas só terminaram juntos na metade de cima da tabela uma vez. Foi em 2011, ano em que Vasco, Fluminense e Flamengo ficaram em segundo, terceiro e quarto, respectivamente. O Botafogo terminou em nono lugar. Este ano, esse registro pode mudar.

O desempenho no Brasileirão vem em um ano de campanhas de destaque na primeira edição da Copa do Mundo de Clubes. Classificados para a competição pelos títulos da Libertadores de 2022, 2023 e 2024, Fla, Flu e Botafogo, respectivamente, avançaram ao mata-mata vencendo grandes clubes europeus e asiáticos. O rubro-negro superou o Chelsea, que ficaria com o título; o alvinegro derrotou o PSG, campeão europeu; e o Fluminense fez campanha épica até a semifinal, derrubando a Inter de Milão e o Al Hilal no caminho.

Desafios pela frente
No mesmo período, o Vasco, ainda que longe do protagonismo do trio, dava os primeiros passos de uma reviravolta que o colocaria na parte de cima da tabela. Era o início sob o comando do técnico Fernando Diniz, após passagem esquecível de Fábio Carille. Com reforços importantes na janela de transferências, como os zagueiros Robert Renan e Carlos Cuesta, o cruz-maltino arrancaria, trocando a luta contra o rebaixamento pela briga por uma vaga na Libertadores.

O pós-Mundial foi de definições também para os outros três. O Fla viu Filipe Luís solidificar seu trabalho. Com situação financeira folgada, o clube reforçou ainda mais um dos elencos mais completos do continente, com Saúl, Samuel Lino e Carrascal — e não chegou onde chegou por acaso.

O Flu viu Renato Gaúcho sair — pediu demissão após a eliminação na Sul-Americana. Seu substituto, Luis Zubeldía, tem conseguido manter o tricolor competitivo e tem como principal trunfo Lucho Acosta, cada vez melhor no comando da criação do time.

Pré e pós-SAF
O tricolor vive um ano de eleição e a perspectiva de transformação do futebol em SAF, com investidores-torcedores entre os interessados — movimento sempre delicado e com implicações complexas, como vivem Botafogo e Vasco.

O alvinegro, atual campeão brasileiro e da América demitiu Renato Paiva e trouxe Davide Ancelotti em um dos últimos movimentos de John Textor antes do conflito judicial com sua própria holding, a Eagle Football. Hoje, ele segue no comando do futebol, mas não há consenso sobre o futuro do controle da SAF.

Há incertezas sobre investimentos, e o clube passa por um impasse quanto ao pagamento de premiações pela Copa de Clubes. Em campo, viu as saídas de Igor Jesus, Jair e John pesarem. Segue brigando na parte de cima, mas está longe da força necessária para defender o título brasileiro.

Já o Vasco vive um momento posterior à crise em sua SAF. Com a 777 Partners, antiga investidora, afastada judicialmente desde o início do ano passado, o clube tem tentado se reestruturar financeiramente. No início do mês, viu a assembleia de credores aprovar uma proposta de recuperação judicial, passo importante para aliviar a asfixia nas contas e abrir caminho para futura revenda.

O muito feito com pouco na janela e os resultados que começaram a aparecer — são quatro vitórias seguidas — trouxeram paz aos bastidores vascaínos, algo raro nos últimos tempos.

Fonte: extra.globo
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