Por Yuri Kebian da GDA
Neste mês, entrevistamos um vascaíno do rock. Estamos falando do Jonny. Ele foi o vocalista de uma banda que estourou no fim de 1996, começo de 1997. Videoclipes como Arrasa Quarteirão e Preta Véia, muitas pessoas puderam assisti-los em programas da MTV que tocavam os videoclipes mais pedidos pelos telespectadores. Sucessos como Cincocontraum, Arrasa Quarteirão, La Poronga e Preta Véia chegaram a tocar em rádios rock por um bom tempo. Estamos falando dOstheobaldo, banda que chegou a tocar no Programa Livre (extinto programa que o Serginho Groisman tinha no SBT) e no Jô Soares Onze e Meia (programa do Jô no SBT). Eles tiveram apenas dois discos: Ostheobaldo (1996) e Passa o Corredor (1998). Em 1999 Egypcio assumiu o lugar do Jonny e a banda passou a se chamar Tihuana.
Atualmente Jonny é vocalista da banda Toatoa. No último domingo, 18/10/2009, o Toatoa tocou no Teatro Odisséia, e no meio do show ele agradeceu o cachecol dos Guerreiros do Almirante que ele recebeu antes do show. Ele também chegou a cantar a última música do show com o cachecol GDA no pescoço.
GDA: Jonny, como surgiu a banda e quem deu a idéia do nome OSTHEOBALDO?
Jonny: Fui o último a entrar na banda. Os caras tinham ouvido uma (fita) cassete com uma antiga banda minha, chamada WILD SEX MACHINE que também misturava música brasileira com rock, principalmente trash, só que cantando em inglês. Como o WSM tinha acabado e eu estava sem banda, fui fazer um teste com eles. Eles gostaram e me pediram pra escrever algumas letras pra uma bases que eles tinham e aí eu acabei entrando pra banda. Com relação ao nome eu nem me lembro mais, acho que já tinha esse nome quando eu entrei, acho que foi o Roman que deu.
GDA: Jonny, músicas estourando em rádios rock, a banda Ostheobaldo sendo convidada para programas de TV, muitos shows, enfim, qual foi o momento mais marcante pra você, na sua carreira, na época em que você era o vocalista da banda Ostheobaldo?
Jonny: Putz, não sei mesmo. Tem a coisa do primeiro programa de TV (Jô Soares), com todo mundo vendo, seus amigos, parentes, é um momento de reconhecimento. Tem também a oportunidade de você conhecer a galera q você curtia quando era moleque, a galera do rock dos anos 80. Uma vez vi o Roger do Ultrage falar bem da gente num programa de TV, antes de conhecê-lo. Tem a oportunidade q a gente teve de tocar em shows bem grandes, pra muita gente, que é sempre bem legal. Mas talvez a parada mais legal que rolou, foi tocar num evento da antiga revista e bar Venice, que rolou na Via Funchal em SP. Nesse dia rolou uma Jam com várias bandas se misturando pra tocar covers. A gente tocou duas musicas com o Derrick e o Igor do Sepultura, e na seqüência o Shad Smith do Red Hot Chili Peppers, que estava em São Paulo pra tocar no dia seguinte com o RHCP, acabou subindo no palco e tocando um som do Jimi Hendrix e outro do próprio Red Hot com a gente, foi muito bacana!
GDA: Jonny, fale sobre o seu trabalho atual, com a banda TOATOA.
Jonny: Quando saí dOstheobaldo estava morando em São Paulo com a galera da banda, e estava com saudades do Rio, dos amigos daqui, da minha família e da minha casa. Isso com certeza influenciou a parte artística, o trabalho. Então hoje com o Toatoa, estou bem mais tranqüilo, está tudo no lugar e o trabalho é ótimo. Fora que sem a pressão de uma gravadora eu posso experimentar a vontade sem medo de errar.
GDA: Jonny, de tantos shows que você fez como vocalista d OSTHEOBALDO e que atualmente faz como vocalista do TOATOA, fale sobre um show memorável de sua carreira.
Jonny: Foram muitos, além daquele q falei lá com a participação do Shad Smith, o último show da banda, na Broadway em São Paulo foi muito especial. A banda já tinha acabado, e quase ninguém sabia. Então pra nós foi um show de despedida em silêncio, mas o público reagia com se soubesse, e a energia que vinha dos caras era enorme. Foi foda!
GDA: Jonny, de 10 anos pra cá, das bandas de rock daqui do Brasil e de fora do Brasil, quais você destaca?
Jonny: Cara essa década eu achei especialmente ruim, principalmente aqui no Brasil. Embora o rock esteja em alta, coisa que não aconteceu na década de noventa, os trabalhos estão muito parecido. Mas das coisas legais q vi por aqui tem o Los Porongas (rock com regional), Orquestra Brasileira de Música Jamaicana (musica brasileira em ritmo de ska), De Leve (rap carioca), etc.
Das gringas dessa decada eu curto: Queen of the Stone Age, Eagles of Theath Metal, lamentei o fim do System of Down, Muse, e por aí vai.
GDA: Jonny, fale um pouco de sua paixão pelo Club de Regatas Vasco da Gama.
Jonny: Venho de uma famíla vascaína, e o os jogos do Vasco são um motivo a mais pra reunir a galera toda da família (que é grande) e os amigos.
GDA: Jonny, fale sobre um jogo do Vasco que te emocionou.
Jonny: Aquele quatro a três de virada sobre o Palmeiras foi um dos jogos mais emocionantes que vi na vida.
GDA: Jonny, os Guerreiros do Almirante inventaram músicas como Meu Caldeirão (melodia da música Bebendo Vinho de Wander Wildner), versão de Anna Júlia para o Vasco (melodia da música Anna Júlia de Los Hermanos) e Sentimento ( baseada na música Soy de Attaque da banda Argentina Attaque 77). Como você algumas das músicas que toda torcida do Vasco passou a cantar de uns tempos pra cá terem suas melodias oriundas do rock?
Jonny: As adaptações são muito boas mesmo, acho bacana pra caramba. Mas quem sabe, se com o tempo, a coisa não evolui pra coisas 100% originais. Seria um nicho novo e bem interessante. Acho que todo mundo ganharia, os torcedores nos estádios, o clube e os compositores.
GDA: Jonny, de tantas músicas de incentivo ao VASCO que nós temos, qual é a música que você mais gosta de ouvir nos estádios?
Jonny: Acho que a versão do Wander Wildner que aliás, é um artista que eu curto bastante, desde os tempos de Replicantes.
GDA: Jonny, deixe um recado para toda torcida vascaína.
Jonny: Galera, assim como a gente não quer que o time se acomode, mesmo quando está na frente no campeonato, a gente não pode se acomodar e temos que continuar torcendo como no início. Vamos apoiar sempre e continuar fazendo aquela festa na arquibancada. Como já foi muito bem dito: O SENTIMENTO NÃO PODE PARAR.
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