Em contato com o site SuperVasco, Hércules Figueiredo, presidente do Conselho Fiscal do Vasco, presta esclarecimentos sobre sua atuação no Conselho Fiscal atual e nos anteriores:
\"Confesso que fiquei impressionando com alguns COMENTÁRIOS, que revelam desinformação e/ou sectarismo, feitos na matéria, publicada no SUPERVASCO, cujo título é: \"Exclusivo: Hércules Figueiredo revela conteúdo do parecer às contas do balanço de 2009\", razão pela qual apresento alguns esclarecimentos que se fazem necessários:
Tomei a iniciativa de tornar público o PARECER CONCLUSIVO DO CONSELHO FISCAL, em razão de declarações do Presidente do clube de que o referido parecer teria cunho político.
O C. R. Vasco da Gama em face da Lei nº 10.672 de 15/05/2003 é obrigado a elaborar e publicar suas demonstrações financeiras. O Parecer do Conselho Fiscal também é publicado, em nome do saudável Princípio da Transparência, portanto não é um documento, que deva ser mantido em segredo.
O Conselho Fiscal não é vitalício, é de origem eletiva e é eleito de três em três anos, juntamente com a Mesa Diretora do Conselho Deliberativo e o Presidente, 1º e 2º Vices da Diretoria Administrativa. Fomos todos eleitos para exercer esses cargos em 27/06/2008.
Não fui Membro Efetivo do Conselho Fiscal, durante o período 2001/2008, como alguns \"comentaristas\" querem fazer crer. Ao contrário, durante esse período, fui suspenso por 6 (seis) meses e eliminado do quadro social do clube, por duas vezes, além de ter sido um dos fundadores e ter exercido o cargo de Vice-Presidente do combativo Movimento Unido Vascaíno - MUV.
É provável que eu tenha sido na história do clube, o associado com o maior número de punições. Todas elas, fruto da minha luta política, em prol de um Vasco maior, melhor e transparente. Essas \"cicatrizes\" oriundas das citadas punições significam para mim, \"medalhas\" conquistadas no campo de batalha político.
Por essa razão fui obrigado a recorrer à justiça, para ter restabelecido os meus direitos sociais e em 25/03/2009, renunciei em favor do C. R. Vasco da Gama, de receber o valor de R$ 615.012,45 (seiscentos e quinze mil, doze reais e quarenta e cinco centavos), decorrente de multa diária de R$ 1.000,00 (Hum mil reais) por descumprimento de ordem judicial por parte clube, em ação com trânsito em julgado, no Superior Tribunal de Justiça.
No triênio 1998/2000, fui Membro Efetivo do Conselho Fiscal, representando a Minoria e nestes três anos, meu voto foi sempre pela rejeição das contas, também por razões técnicas.
Para muitos, foi muito cômoda, naquele triênio (1998/2000) a total omissão, considerando que o clube vivia um período áureo, em matéria de conquistas esportivas, tanto no futebol profissional, como em diversos outros esportes, que integravam o chamado \"Projeto Olímpico\".
Coerentemente com o meu passado, tenho o direito inalienável de não trair minha consciência e os princípios que sempre nortearam a minha vida, dentro e fora do C. R. Vasco da Gama.
Tenho também a obrigação de cumprir as imposições do Estatuto do clube, inerentes ao Conselho Fiscal e a legislação brasileira que rege a matéria, sob pena de incorrer em crime, pelo qual poderia ser responsabilizado.
O Presidente do Conselho Fiscal do CRVG, eleito nos triênios 2001/2003 e 2004/2006 e interinamente em 2007 e 2008 (até 27/06/2008), foi o Sr. Geraldo Teixeira da Silva.
Essa interinidade foi decorrente da anulação judicial da Assembléia Geral realizada em 13/11/2006, para o triênio 2007/2009 e que só foi realizada em 21/06/2008, na sede do Calabouço.
No triênio 1998/2000 no qual fui eleito Membro Efetivo do Conselho Fiscal, representando a Minoria, o Presidente eleito foi o Sr. Silvestre Teixeira Filho, que faleceu naquele período, sendo substituido na presidência do conselho pelo Sr. Geraldo Teixeira da Silva.
Segue ANEXO, cópia de um ofício que enviei ao Presidente do Conselho Deliberativo (Sr. Antônio Gomes da Costa), no triênio 1998/2000, com data de 04/10/1999 e protocolado na Secretaria do clube em 06/10/1999, no qual comunico as relevantes razões pelas quais me recusei a assinar o PARECER favorável a aprovação das contas relativas ao exercício de 1998.
Fiz o mesmo procedimento nos exercícios de 1999 e 2000.
No referido triênio (1998/2000) o PARECER do Conselho Fiscal, relativo as contas, foi sempre aprovado por maioria (2x1), com o meu voto contrário.
As contas deste triênio foram sempre aprovadas, por maioria, pelo Conselho Deliberativo. O Presidente da Diretoria Administrativa, na época era o Sr. Antonio Soares Calçada.
Para mim ficou a certeza do dever cumprido, sem omissão, o que sempre me deixou com a consciência tranquila, tal como agora.
Forte abraço.
Hercules\"
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