Em vez de recusar convites para experimentar carne de cachorro na Coréia do Sul, Santiago tem saboreado as refeições preparadas por seu primo, Cássio. E, no campo, as coisas também vão bem: o zagueiro, de 26 anos, se firmou na defesa do América e marcou três gols no Estadual: um de pênalti, contra o Nova Iguaçu, um de cabeça, contra o Flamengo, e outro de falta, contra o Vasco.
\"Fiquei um ano fora do País e estava meio esquecido. O Jorginho (técnico do América) tem me orientado, já que ele foi um jogador de defesa. Converso muito com o meu companheiro de zaga, o André, e com o Válber, que tem desempenhado papel importante na defesa\", diz Santiago, apelidado de Latino, pela semelhança com o cantor.
Antes de chegar ao América, o zagueiro passou uma temporada no Daegu FC, da Coréia, de junho de 2004 a agosto de 2005. E sofreu no início. \"No começo foi bastante difícil, porque estava vivendo numa cultura diferente. Ainda bem que o time já tinha três brasileiros: o Índio, o Nonato e o Jefferson Feijão\".
O mais complicado mesmo foi se adaptar à comida. \"Um dia eles me levaram para comer cachorro, mas eu recusei. Eles gostam de comida muito doce ou muito apimentada\", conta ele, que agora saboreia as refeições feitas pelo primo: \"Ele é como um irmão para mim e é quem cozinha lá em casa\".
A última passagem de Santiago pelo futebol brasileiro havia sido no Vasco, em 2004. Mas o zagueiro não deixou boas recordações, após a má atuação no clássico vencido por 2 a 0 pelo Flamengo, pela semifinal da Taça Guanabara de 2004. \"Tive um começo muito bom no Vasco, mas fui mal em um jogo e não tive o apoio das pessoas que me contrataram\", diz ele, que nasceu em Salinas (MG), iniciou a carreira no Atlético/MG e também jogou pelo Olaria.
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