Não vou me adaptar... É uma canção do disco Televisão, dos Titãs, lançado em junho de 1985, que fez explodir o sucesso que deu título ao long play, com homenagem a Ronald Golias. "^Ô Clide, fala pra mãe, que tudo que a antena captar meu coração captura." O árbitro de Vasco 1 x 1 Brasil era Alisson Sidnei Furtado, do Tocantins, e parecia dizer o mesmo. Tudo que a antena captasse, seu coração capturaria. Daí ter marcado pênalti pela sua visão e desmentido a si mesmo, ao ser chamado pelo árbitro de vídeo, para revisar uma jogada de interpretação.
Ora, se é interpretativo, por que raios o lance tem de ser interpretado na cabine e não no campo.
Seguimos com dois estilos de arbitragem, um na Europa, outro na América do Sul. Há até um terceiro, porque o Brasil anda pior do que a Libertadores, a ponto de muita gente ter tido medo de aplicar o VAR na Série B -- o que se confirmou em Vasco x Brasil.
Pior do que o pênalti não marcado a favor do Vasco, ou melhor, desmarcado depois da revisão, apesar de ter sido pênalti na opinião de 50% das pessoas, o assistente marcou impedimento inexistente e anulou gol de Daniel Amorim, em condição legal. Pela imagem, ele estava atrás do último zagueiro, não apenas na mesma linha.
Mas o assistente Cipriano da Silva Sousa marcou impedimento. O árbitro esperou a revisão, que não veio, e então o gol foi anulado por decisão do campo. Se não há vídeo, vale o campo.
É incrível como, no Brasil, ainda usamos o vídeo para anular jogadas bem marcadas e validar decisões mal feitas.
O futebol brasileiro anda cantando Não vou me adaptar. "Eu não encho mais a casa de alegria."