O Vasco está no processo de conclusão de estruturar sua Recuperação Judicial para dívidas trabalhista e cíveis. Um total de R$ 700 milhões iniciais foi incluído dentro do programa.
Apesar desses débitos, o clube cruz-maltino conseguiu contratar na janela de transferências, como Carlos Cuesta, André Gomez, Robert Renan e Matheus França. Como o Vasco se reforçou apesar dos problemas financeiros?
Primeiro, o processo de Recuperação Judicial já teve adesão de 85% dos credores. Faltam portanto 15% e um parecer do Ministério Público.
Só quando esse processo for concluído que se terá uma ideia de quanto sobrou de dívida para o Vasco pagar porque credores aceitaram diferentes deságios (ou não toparam descontos).
Aprovado o plano, o clube tem que respeitar determinados índices financeiros (principalmente em relação a endividamento). E a Justiça tem que aprovar algumas medidas do clube como antecipação de recebíveis ou o empréstimo feito junto à Crefisa, de R$ 80 milhões.
Basicamente, o Vasco tem que provar que sua situação financeira não está se deteriorando mais enquanto em RJ, e sim que está melhorando.
O clube já é obrigado a comunicar contratações de jogadores, mas não pode fazer grandes investimentos. Por isso, as contratações de jogadores foram feitas dentro do custo de operação do clube, isto é, empréstimos e luvas foram incluídos como "salários".
Há preços de direitos fixados, mas não há obrigação de compra. Ao final dos empréstimos, se não houver a aquisição, fica como se tivesse sido um custo do futebol naquele período.
Na estratégia da diretoria cruz-maltina, o clube só deve vender o jovem Rayan no meio de 2026 quando houver uma janela mais aquecia de transferências na Europa. O estafe do jogador concorda com essa ideia.
Esse prazo vai coincidir com o fim de empréstimos e a decisão sobre compra de determinados jogadores, hoje emprestados. Ou seja, o Vasco poderá fazer uma venda e usar parte do dinheiro com compra.
No caso de venda de atletas, uma parte tem que ser utilizada para quitação de dívidas na Recuperação Judicial, é uma espécie de acelerador. De resto, haverá um valor máximo que o Vasco terá de destinar a cada ano para pagamento dos débitos da RJ.
Dívida na Justiça (cível e trabalhista)
R$ 700 milhões
Dívida fiscal (fora da RJ)
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