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José Henrique Coelho fala sobre renegociação de contratos e novas parcerias

O vice-presidente de marketing José Henrique Coelho fala sobre a renegociação dos atuais contratos de patrocínio do Vasco e novas parcerias e investimentos para 2009.

"O planejamento principal, visto que a vitória jurídica e eleitoral se deu justamente ao meio do ano, em uma fase onde as coisas já estão em andamento, o planejamento todo está sendo feito para o ano de 2009, em razão, principalmente, da completa escassez de recursos, e também porque - até para deixar claro para todos que nos acompanham e ouvem - não existe nenhuma questão de discurso eleitoreiro no que foi falado na campanha e o que está sendo feito agora. A questão toda é que sempre colocamos que a questão dos recursos, investidores e patrocinadores tinham que ser feitos com responsabilidade. Sempre foi nossa crítica a série de rompimentos de contratos que a antiga diretoria fazia, que nos onerou em alguns milhões de reais. Ainda hoje nos onera em alguns milhões de reais, justamente por esse descompromisso com os contratos. Uma coisa é conversar com todos os patrocinadores. Está até sob minha responsabilidade esse contato com MRV, Reebok e Habib\"s. Isso está sendo conduzido com bastante tranqüilidade, sem nenhum sobressalto, para que as partes - o Vasco e os parceiros - encontrem o equilíbrio financeiro que o clube pode dar de retorno por um lado, e de captação de recursos pelo outro, para justamente que haja investimentos no futebol. Esses assuntos estão sendo conversados, tratados. Na verdade, os resultados vão aparecer já agora, no planejamento do ano de 2009. É esse o nosso trabalho e a nossa expectativa. Não haveria condições de se mudar de patrocínio no meio do campeonato. Os contratos estão todos em vigor. Até para se ver o grau de dificuldade, apenas um dos contratos termina neste final de ano, que é o contrato da MRV. E que já estaria normalmente, como está, em fase de renegociação. Os demais sequer essa questão estaria levantada, não fosse o processo eleitoral mudado os rumos", disse a Oliveira Nunes, apresentador do programa "Seleções Portuguesas, o Show da Malta", veiculado na Rádio Bandeirantes.

"A questão dos investidores... Eles também querem saber aonde vão estar se associando e em que quantidade de recursos. Por isso, a questão do acerto dos balanços e a análise dos balanços é fundamental. Isso também não é uma coisa simples, visto que a concorrência que está sendo feita entre as principais empresas da área de auditoria e financeira do Brasil é uma coisa também que envolve valores elevados. O Vasco é um clube de altíssimo risco - é o que têm dito essas empresas. Por isso, não só levam mais tempo em fazer as suas próprias propostas financeiras, como também nos exigem uma negociação dura, em função de buscarmos os resultados dentro da melhor condição de pagamento. Sabemos que o balanço do Vasco era uma fraude já há muito tempo. Agora vai ser feita a confirmação. Só com um balanço acompanhado e auditado por um empresa de primeira linha é que os investidores estarão cientes e seguros de que empresa vão estar, de que forma na empresa Vasco da Gama estarão investindo. Uma coisa é olhar naquele balanço apresentado por aquela turma dos faz de conta, pinóquios das finanças vascaínas. Na verdade, com pessoas sérias querem mostrar a transparência através do próprio balanço do clube. Esses próximos meses ainda serão de ajuste. Esperamos estar colhendo frutos desse primeiro trabalho já no planejamento para o Carioca de 2009. Sempre falei que não há milagre. Os patrocínios, patrocinadores... Temos uma série de contatos em aberto. Em relação a investidores, tem se tido várias conversas. Naturalmente, por motivos óbvios, não podem se antecipar. Tem uma área comercial que demanda uma parte de sigilo. A gente fala isso em função de proteger o nome das empresas. Tem até empresas estrangeiras participando desses conversas. Agora, isso é uma coisa que demanda tempo. Não estamos falando de R$ 1.000, R$ 10.000. Estamos falando de quantias às vezes que rondam a casa dos milhões. Não é tão simples assim. A gente continua confiante nisso. Sabemos que a fase mais difícil é essa, de 2008, por causa dessa herança, que já conhecíamos. Ela foi sempre um pouquinho pior depois que começamos a ver. A completa desarticulação do clube, em relação aos seus processos administrativos. Mas tudo isso vai para o lugar e acho que teremos bons resultados para o início do ano que vem. É isso que a gente está trabalhando".

Fonte: Vasco Expresso
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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