Judô: Treinador da Umbra/Vasco faz balanço da temporada 2025

Sem dúvidas o treinador da Umbra – Club de Regatas Vasco da Gama André Amorelli está vivendo uma temporada especial em 2025. Pelo Time Judô Rio, integrou a comissão técnica nos Campeonatos Brasileiros das classes Sub-13, Sub-15, Cadete (Sub-18) e Júnior (Sub-21), além dos Jogos da Juventude e dos Jogos Universitários Brasileiros. No cenário internacional, esteve com a seleção brasileira Cadete nos estágios de Bremen (Alemanha) e Bielsko-biala (Polônia), no Campeonato Mundial de Sofia (Bulgária) e acabou de ser convocado pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) para a seleção brasileira Sub-13 e Sub-15 que irá participar do Campeonato Sul-Americano em Assunção, Paraguai. A competição continental, para todas as classes de Sub-13 a Sênior, ocorre de 23 a 26 de outubro, com as disputas das classes Sub-13 e Sub-15 agendadas para o último dia de evento. O treinador da Umbra – Club de Regatas Vasco da Gama falou sobre a nova oportunidade de representar a seleção brasileira, suas referências no Judô e as ações da FJERJ visando o desenvolvimento dos técnicos do Judô Rio.

Em termos pessoais, o que significa para você, neste momento de sua trajetória, ser convocado para a seleção brasileira? Você diria que vive o seu melhor momento como treinador de Judô em 2025?

O ano de 2025 tem sido um grande ano profissionalmente, onde tive momentos muito importantes na minha carreira. Pude participar do meu primeiro Campeonato Mundial como treinador, conquistando medalhas internacionais, e poder representar o Rio de Janeiro e a Seleção Brasileira de Judô é sempre uma honra muito grande. O esporte, o Judô, me ajudaram a conquistar tudo o que tenho e espero retribuir isso com muita dedicação para ajudar outras pessoas a conquistarem os seus sonhos.

Considerando a sua experiência no Judô Rio, quais mestres são as referências que até hoje te serviram e te servem como exemplo para você ter sucesso na função de técnico?

Minhas maiores referências estão ao meu lado e dentro da minha casa. Sou agraciado por crescer em uma família de judocas, que todos os dias são, não só a minha referência, como também me ensinam a lutar pelos nossos sonhos e são meus maiores incentivadores. Minha mãe e Sensei Soraya Amorelli, meu irmão Sensei Fabrício Amorelli, minha irmã Sensei Giuliana Amorelli e meu Pai, saudoso Andrezão, que fundou o projeto Umbra ao qual sigo o legado. Foi dessa forma que aprendi o poder de usar o esporte como mecanismo de transformação. Eles construíram o caminho para que eu pudesse chegar até aqui, então procuro fazer o meu melhor dentro e fora dos tatames para honrar cada oportunidade e trazer orgulho a eles.

As representações do Rio de Janeiro estão conseguindo grandes resultados em competições nacionais nesta temporada. De que maneira esta grande fase vivida pelo Judô Rio contribui para o seu crescimento como treinador?

O crescimento do Judô Rio é um reflexo direto de um trabalho coletivo muito bem estruturado pela Federação, pelos clubes e pelas equipes técnicas. Estar inserido nesse contexto é enriquecedor. Ver o Judô do Rio de Janeiro novamente entre os principais do país inspira e motiva a todos nós. Cada conquista dos nossos atletas é também um aprendizado, e essa troca constante é o que mais me impulsiona a evoluir como treinador.

Nas convocações para as competições nacionais, a FJERJ sempre adota um critério de levar uma comissão técnica ampla e rigorosamente selecionada, de acordo com os atletas que são convocados. Como você avalia os critérios de formação das comissões técnicas do Time Judô Rio? Acredita que estes critérios são positivos para o crescimento dos treinadores?

Os critérios adotados pela Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro são muito positivos. Eles valorizam o mérito, a competência e o envolvimento real dos técnicos com o desenvolvimento dos atletas. Esse formato de formação de comissões técnicas tem fortalecido o Judô Rio e, ao mesmo tempo, gerado oportunidades de crescimento para os treinadores. É um sistema que estimula a busca constante por aperfeiçoamento e que reforça o sentimento de pertencimento ao Time Judô Rio, algo que me orgulha muito fazer parte.

Foto: CBJ