O meio-campista brasileiro Juninho Pernambucano, que joga há um ano e meio no Catar, disse ser favorável à realização da Copa do Mundo de 2022, que ocorrerá nesse país, durante o inverno, conforme têm defendido alguns jogadores.
\"Acho que se o Mundial do Catar fosse organizado em janeiro, haveria menos problemas\", declarou à ANSA o brasileiro, durante um treinamento do Al Gharafa, o clube de Catar do qual é capitão.
Segundo Juninho, \"são dois fatores essenciais\": o primeiro é que, em janeiro, \"os jogadores estarão no meio das temporadas\" e em sua melhor forma, argumentou. Em segundo lugar, \"o Mundial de inverno seria positivo também para os torcedores\". \"Eu sou favorável à Copa do Mundo no inverno\", defendeu ele.
Recentemente, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) recusou alterar a data do Mundial do Catar e manifestou que qualquer alteração neste sentido deve ser uma iniciativa da associação de futebol do país-sede.
Personalidades do futebol como o ex-jogador Franz Beckenbauer e o presidente da União das Federações Europeias de Futebol (UEFA, em inglês), Michel Platini, já se declararam favoráveis à realização da Copa do Mundo de 2022 durante o inverno por causa do calor que atinge o país durante os meses de junho e julho, época de verão no país e quando tradicionalmente ocorre a competição. Nestes meses, as temperaturas chegam alcançar mais de 40ºC.
O brasileiro também falou sobre suas expectativas com relação à competição e disse que foi realizado \"um projeto impressionante, a partir dos estádios\". Além disso, \"todas as partidas serão disputadas em Doha [capital do Catar], e isso será muito prático\", opinou. Com relação ao país, o jogador afirmou que \"há três anos, o futebol não era considerado um verdadeiro trabalho. Mas agora as coisas estão mudando\".
Juninho também comentou sobre seu futuro profissional, uma vez que o Vasco manifestou, no fim de janeiro, interesse em repatriar o jogador. \"O meu contrato acaba em poucos meses, veremos. Talvez eu jogue no Brasil com o Vasco, talvez eu pare, talvez eu continue aqui. O Catar é um grande país para viver\", ponderou.
Esta não é a primeira vez que o clube carioca tenta trazer o jogador de volta ao seu país natal. Em 2009, quando o brasileiro estava nos últimos meses de seu contrato com o Lyon, a diretoria manteve conversas com o brasileiro, que acabou fechando com o time árabe.