Em parceria há quase 40 anos, a dupla GG está prestes a levar o Vasco a um fim de semana histórico.
Interino no profissional, Gaúcho encara o maior desafio contra o Flamengo, domingo, pela semifinal da Taça Rio. Já seu sucessor nos juniores, o também ex-jogador Galdino, tem tudo para completar, com a Taça Guanabara, o trabalho iniciado pelo amigo e confidente.
Em caso de vitória sobre o Fluminense, no sábado, em São Januário, a garotada cruzmaltina dará continuidade à hegemonia que vem desde o Torneio OPG de 2009.
O que salta aos olhos é que, dessa vez, os meninos superaram as adversidades da perda do Vasco-Barra, CT onde treinavam. Hoje, revezam entre a Colina, no horário em que o time de cima não está, e as instala ções em Caxias, em más condições (veja abaixo). Na Colina, houve atividades na escuridão dos campos de soçaite, junto à célebre frase de Cyro Aranha, estampada no muro: Enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal.
Não é o ideal, mas, ao mesmo tempo, enfatizo nos papos com eles que olhem ao redor, vejam que estão em São Januário e pensem: quem manda aqui sou eu! Poucos têm essa condição. Isso aqui é mesmo de arrepiar ressaltou o vibrante Galdino A convite do LANCE!, o elenco de juniores se reuniu no centro do gramado de São Januário, ontem, e, além de tirar fotos, já sonhando com o título, ouviu o ex-técnico Gaúcho por quem demonstram imenso carinho , espontaneamente fazer sua preleção motivacional para o jogo.
Não vamos perder essa chance! Quando a bola rolar, é só olhar para trás e pensar no que passamos para garantir esse prêmio que vocês merecem foram algumas palavras.
Na carreira, Gaúcho garante que tal emoção jamais lhe aconteceu: Farei tudo para ver o jogo deles, torcer e buscar essa inspiração para domingo. Vou me sentir um campe ão também, como o Galdino.
Para fechar o encontro, um entusiasmado grito de Casaca! foi puxado para reafirmar: a hora é essa.
Confira bate-bola com Gaúcho, técnico do time profissional do Vasco e ex dos juniores
O sucesso dos juniores, ultimamente, está atrelado à ligação que a comissão tem com o clube?
Sem dúvida. Esse caminho da base para o profissional foi feito, aqui no Vasco, por mim e pelo Roberto (Dinamite), que colocou a garotada como um carro-chefe do trabalho. Temos o Márcio (ex-goleiro na década de 1990), por exemplo, além do Galdino, que prestou anos de serviço como atleta e, agora, como técnico.
E os jovens estão realmente se superando, já que a estrutura ainda está longe de ser a ideal...
Sim e nós sabemos como funciona o Vasco. Colocamos para eles que, para estar aqui, que é um privilégio, têm de se superar. Treino é vontade. Se o cara quer, vai mostrar sua bola em qualquer lugar.
Essas indefinições sobre o jogo do Fla vão atrapalhá-los?
Não facilita para nós, pois, numa hora como essa, o atleta entra no limite. Mas há um risco maior por expor o time três dias antes.
E Dodô de novo contra o Fla?
Ele vai dar mais um pouco de si, pois ficou ferido. Estará ligado.
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