Futebol

Leandro Castan revela conversa com Werley e sua inspiração de liderança

Leandro Castan aprendeu que o bom é celebrar o possível. Por um tempo, remoeu a ideia de que se não fosse o tumor no sistema nervoso central que o afastou dos gramados em 2014, poderia ter uma Copa no currículo, o que não incomoda hoje. O mesmo vale para a superioridade do Fluminense nas duas últimas vezes que pegou e venceu o rival. Para ele, o que pesou antes e importará amanhã, na final da Taça Guanabara, é qual time deixará o Maracanã feliz.

Está satisfeito com o time?

Não conquistamos nada. É um começo de temporada bom, mas a margem de crescimento é grande. Eu mesmo não estou no meu melhor ainda. Temos competições importantes pela frente e tento passar isso. Aos 32 anos, sei qual é o caminho: é muito trabalho e pés no chão. Não tem outro jeito.

O que espera da final? O Vasco foi amassado na defesa pelo Fluminense no último jogo...

Espero que o Fluminense possa nos amassar e o Vasco vencer o jogo de novo. O que importa é a vitória. Fui campeão brasileiro com o Corinthians ganhando sempre por 1 a 0. Respeitamos muito o Fluminense, é uma equipe de muita qualidade, por isso tivemos dificuldade para jogar contra eles, mas vencemos.

Você conversou com o Werley após tragédia no Ninho? (Werley perdeu o primo Pablo Henrique no incêndio)

A primeira coisa que falei foi para que ele tirasse qualquer sentimento de culpa, “ah, fui eu que o levei para o Ninho”. Lembrei que moramos no mesmo casarão, na mesma época, na base do Atlético-MG. Vivemos juntos três anos os mesmos perrengues.

Quais perrengues passaram?

Cheguei em 2003 à base do Atlético-MG, que passava por dificuldades. Era complicado, não vou falar para não expor, mas tenho certeza de que a molecada do Flamengo estava bem melhor. Fiquei muito chateado. Abrimos mão de tanto para virar jogador. Eles não mereciam.

Lamenta o que perdeu nos dois anos parado pelo tumor?

Teve um tempo em que lamentei bastante, via que jogavam zagueiros que não eram melhores que eu, mas eu não conseguia recuperar a posição. Saber que havia equipes da Inglaterra que me queriam, que poderia ter uma história maior pela seleção, mas isso passou. Vejo que tenho uma carreira muito bonita, que estou em uma equipe grande como o Vasco, que está se reestruturando. Quero fazer história aqui.

Totti, seu capitão na Roma, é uma inspiração na função?

Totti é um grande jogador, mas aprendi ainda mais com o De Rossi. Ele tem uma presença marcante no vestiário, o que aprendi de liderança na Itália foi com ele.

O que você aprendeu?

Ele brigava pelo time. No treinamento, cobrava de quem não estava se empenhando. Tento fazer isso aqui no Vasco. Treinamento é tudo, não pode achar que treino não ganha jogo, essa resenha é antiga. Eu tento passar isso para a rapaziada.

Pensa em ser técnico um dia?

Já pensei, “despensei” (risos). Tinha vontade, mas às vezes passa. É difícil ser treinador de futebol, lidar com um grupo de 30 jogadores te olhando, ter de explicar a um deles porque não está jogando. Meu irmão (Luciano Castan, zagueiro do CSA) fala para montarmos uma comissão técnica quando pararmos, mas não sei o que fazer.

Que virtude você preza mais em um treinador?

O treinamento tem de ser bom, isso é o principal. Você trabalhar num lugar onde é feliz é tudo, mas se tiver um treinamento de alto nível, todo o resto é consequência. O técnico que conta uma piada, é gente boa, mas faz um coletivo de meia hora não tem nada a ver. Não estamos no futebol para fazer amigos, para fazer churrasco. Estamos para trabalhar e ganhar títulos.

Fonte: Jornal O Globo
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