Lei que inclui os Camisas Negras do Vasco é aprovada no Rio

Time histórico do Vasco de 1923, os Camisas Negras, que celebram o centenário neste ano, entraram para o Livro Oficial de Heróis e Heroínas da Pátria. O Projeto de Lei que incluiu os vascaínos foi aprovado nesta quarta-feira, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Entre os heróis e heroínas brasileiros, presentes no livro, estão nomes como Tiradentes, Anita Garibaldi, Chico Mendes, Zumbi dos Palmares, Machado de Assis, Chico Xavier, Santos Dumont e Zuzu Angel. De acordo com Senado Federal, até então 64 títulos foram inscritos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, sendo 51 homens e 13 mulheres. Todos, de alguma forma, marcaram seus nomes na história do país.

Camisas Negras é o nome dado à equipe que conquistou o primeiro Campeonato Carioca do Vasco, em 1923. O time, formado por negros e pobres em sua maioria, fez história dentro de campo com uma campanha espetacular: 11 vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Além do título, o Vasco marcou o nome na história com a luta para incluir negros e operários em um esporte até então elitista.

No ano seguinte, em março de 1924, clubes rivais romperam com a Liga Metropolitana e se reuniram para a fundação da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA). O Vasco foi convidado a se filiar, desde que excluísse 12 de seus jogadores, sendo sete da equipe principal e cinco do segundo quadro. Em sua maioria, atletas negros e pertencentes às camadas populares da sociedade.

Em 7 de abril de 1924, na secretaria do clube, o presidente vascaíno José Augusto Prestes redigiu e assinou o Ofício n.º 261, a “Resposta Histórica”. Ali, o Vasco desistia de fazer parte da AMEA e ficaria com seus jogadores, marcando seu nome na história.

Neste ano, o Vasco fez várias homenagens ao centenário dos Camisas Negras.