— Acho que a lição principal é a seguinte: a gente foi construindo, era difícil sair da situação incômoda em que estávamos. Apontamos o nariz para cima para subir. A gente precisa agora assumir que é esse momento, encarar para frente, que temos nosso objetivo de avançar na tabela de classificação e chegar na Libertadores. Num jogo como hoje não é muito comum termos o domínio que tivemos no 1º tempo e terminar com 1 a 0. Não são coisas fáceis de responder, porque quem assiste ao jogo fala: "não tem sentido ficar 1 a 0 para o São Paulo com o que aconteceu no 1º tempo". É um time que tem mais posse de bola, se pegar os últimos cinco jogos o São Paulo é superior na posse jogando dentro e fora de casa. A gente conseguiu anular o jogo do São Paulo completamente no 1º tempo. E criamos chances. O Rafael foi bem.
— Em um arremesso lateral fácil de ser marcado a gente cedeu um escanteio. A minha preocupação maior para o jogo de hoje era a bola parada. E a gente num lateral fácil de marcar cedeu um escanteio e marcamos muito mal. Esse gol deu uma determinada no que aconteceu para a frente. A gente não conseguiu, criamos no 2º tempo, voltamos bem e não acho que na virada, assim que o Matheus entrou, a gente caiu, acho que não foi isso. Vou ver o jogo depois, mas eu senti que o time começou a perder o ímpeto que a gente estava nos 20, 25 minutos do 2º tempo. Aí perdeu a organização, não estava tão bem. Porque uma coisa estava muito ligada à outra. Estávamos com um encaixe muito bom da marcação na linha alta, a gente não estava precisando voltar para marcar atrás em bloco baixo e fomos perdendo isso e perdemos outras coisas como consequência.
Ancelotti em São Januário
— Acho que não é por causa do jogo de hoje que o Paulo Henrique e o Rayan vão ser convocados ou não. Acho que o Rayan tem que ser convocado por tudo que vem construindo. O Paulo Henrique menos ainda, ele já mostrou lá que tem condição de ser convocado. O Coutinho eu acho que fez um bom jogo tecnicamente. Foi muito lúcido. Saiu porque estava cansado. Conseguiu fazer as funções que tinha que fazer. Hoje faltou para a gente inspiração. Se você pegar o jogo contra o Cruzeiro, nós criamos muito menos do que hoje. O gol do Rayan por exemplo foi improvável de cruzamento de pé esquerdo do Paulo Henrique. Hoje não entrou nenhuma bola, teimou em não entrar. Às vezes acontece. Como aconteceu hoje. Acho que ninguém sentiu nada disso. O Paulo Henrique muito menos que já esteve lá. Já foi convocado, entrou bem contra a Coreia, depois foi titular contra o Japão e fez gol. O Rayan ficou 15 dias sem jogar, importante que voltou em condições plenas. Faltou um pouco de inspiração. A bola de cabeça que foi na trave do Rayan hoje foi muito mais fácil do que o gol que ele fez contra o Cruzeiro ou contra o Flamengo, por exemplo. E não entrou a bola, infelizmente.
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