Náutico e Vasco se enfrentam nesta quarta-feira em São Januário, às 20h30m, mas fora a rivalidade que marca a partida, válida pela terceira rodada da Série A, há um clima de solidariedade no ar. Ciente de que os jogadores do time carioca não recebem salários há três meses, o lateral Lúcio, do Timbu, tratou de dar uma força para os rivais.
- Nesse sentido, a gente fica triste. O salário é um prêmio do trabalhador, você assina o contrato e em como qualquer outra área queremos ser gratificados no final do mês . Eu tenho conversado com Rodolpho, que é um grande amigo meu, é triste - disse.
Lúcio (à esq) e Araújo (à dir.) voltaram ao Recife em busca de dias melhores no Náutico (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Lúcio revelou que já passou situação parecida em 2001, quando defendia o XV de Piracicaba, em São Paulo, no início de carreira.
- Nos apresentaram com banda e festa e depois a diretoria sumiu. Parou de pagar o nosso salário. Foi muito difícil, mas o jogador tem que puxar força de dentro para poder entrar em campo e fazer o trabalho bem feito.
Mesmo com os problemas extracampo, Lúcio segue o coro dos seus companheiros de equipe e acredita que o Vasco entrará com tudo para cima do Náutico.
- O Vasco é perigoso, mas é um time que vem de eliminação na Libertadores. Está mordido e jogará em casa, querendo provar para o torcedor que é um bom time. Nos 15 primeiros minutos temos que segurar os ataques deles e buscar os contra-ataques. Vão vir com força.