As contratações pontuais feitas pelo Vasco tiveram, no fundo, um ingrediente decisivo, essencial para um time de futebol, sobretudo na tênue transição pela qual passa o clube, de volta à Série A. Trata-se do sentimento de uma redenção, que povoa a cabeça de, pelo menos, seis dos dez reforços para 2010.
O lateral Elder Granja, por exemplo, foi campeão mundial com o Internacional, em 2006. Levado com pompas ao Palmeiras em seguida, este ano foi ao fracasso total. Enrolado por seu antigo agente, acabou desempregado até abril e, sem a preparação adequada, foi rebaixado com o Sport.
Fiquei desvalorizado com isso. Mas as pessoas não sabem o que, de fato, ocorreu. Meu objetivo no Vasco é provar, a qualquer custo, que ainda posso fazer muito. Estou de volta a um clube grande e sei que encaro um projeto sério, a longo prazo avisou o provável camisa 2, que disputará vaga com Fagner.
Caso semelhante é vivido por Jumar, ex-Palmeiras. Depois de ter chances como titular em 2008, o volante caiu no ostracismo e espera que a passagem por São Januário o leve a ser reconhecido no futebol.
Queria uma chance do zero e acertei com o Vasco com a intenção de aparecer mais, sim. Acho que os treinadores ficaram me devendo uma sequência maior reclamou.
Além deles, os zagueiros Gustavo e Thiago Martinelli, há não muito tempo em evidência no Cruzeiro, também não têm muito o que comemorar ultimamente. Enquanto o primeiro se machucou em junho e não joga desde então, o outro foi emprestado para o Cerezo Osaka (JAP), que disputou a Segundona.
Todos têm qualidades, disso acho que ninguém duvida. Por isso, apostamos. É o que pautou o nosso trabalho e como deve ser em todos os clubes. Só contratamos quem vem com o pensamento de que o Vasco pode acrescentar à carreira, e não ser apenas mais uma camisa a ser vestida disse Rodrigo Caetano, diretor executivo de futebol, que crê ter dado tiros certos por conta do tempo e da competente rapidez com que conseguiu negociar.
Para fechar o quadro, não se pode esquecer de Dodô. O atacante não entra em campo há um ano e meio e, mais do que qualquer um, quer provar do que é capaz.
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