Mandarino explica Caso Jeferson

O vice-presidente de futebol do Vasco, José Hamilton Mandarino, enviou nesta quarta-feira carta à coluna contestando a versão do ex-gerente de futebol Carlos Alberto Lancetta de que foi Rodrigo Caetano e Roberto Dinamite os responsáveis pela escalação irregular do apoiador Jeferson na Taça Guanabara do ano passado. A posição de Lancetta foi reiterada pelo então vice-presidente jurídico Luis Américo Chaves.

Leia abaixo a íntegra da carta enviada por Mandarino, que acusa o antigo diretor jurídico pela estratégia que custou ao time a presença nas semifinais da Taça Guanabara.

\"De modo a contribuir com o trabalho que V.Sa. com bastante destaque desenvolve, diariamente, no LANCE! versão papel e eletrônica, venho nesta oportunidade revelar aspectos do ocorrido com o atleta Jeferson, há cerca de um ano e meio atrás:

- o referido jogador vinha enfrentando processo trabalhista,movido por antigo empregador;

- ocorreu decisão que implicou em determinação à Federação de Futebol do Rio de Janeiro,no sentido de suspender o registro do atleta no BIRA;

- o CRVG, sob a orientação do então Vice Presidente Jurídico Sr.Luiz Américo,ingressou com recurso,com o propósito de anular os efeitos da citada decisão;

- o recurso foi acolhido em caráter liminar, determinando que o registro do atleta fosse garantido pela Federação;

- o Vice Jurídico, então, entendeu que a liminar, obtida na Justiça Comum, seria suficiente para dar condição de jogo ao atleta, orientando o Departamento de Futebol de que o jogador poderia ser escalado;

- por tratar-se de questão de caráter, eminentemente jurídico, a Comissão de Futebol submeteu-se à orientação recebida;

- em seguida, como é do conhecimento geral, o TJD do Rio de Janeiro condenou o clube à perda de seis pontos no Campeonato Regional, advindo inúmeros danos daí decorrentes.

O presente relato atém-se à realidade dos fatos ocorridos, soando estranho que outras versões, depois de tanto tempo, cheguem à V.Sa., profissional que desenvolve um jornalismo que prima pela verdade.

Cordialmente,

José H.Mandarino\"