Quando anunciou a manutenção de Dedé, mesmo sob forte assédio do Corinthians, a diretoria do Vasco comemorou a permanência de um símbolo da virada do clube. Mas em uma semana a imagem do Mito dentro de campo se arranhou na mesma velocidade com que Rafinha, do Flamengo, e Hugo, do Bangu, bateram o zagueiro vascaíno.
Após um início de temporada animador, com dois gols em três partidas - na quais foi menos exigido do que no clássico e na derrota de domingo -, Dedé mostrou insegurança e perdeu disputas no combate direto que não costumava perder nos bons tempos. O valorizado zagueiro do Vasco estaria totalmente recuperado da lesão do fim do ano passado?
- Desde que voltou a treinar na pré-temporada que o Dedé está totalmente curado - garante Fernando Mattar, médico do Vasco.
Para Ricardo Gomes, diretor técnico do Vasco, a melhor notícia do momento é justamente o fim das lesões de Dedé.
- Clinicamente e fisicamente ele está muito bem. Mas ele voltou de um ano complicado, passou por algumas lesões, teve férias. Dedé não é uma máquina, ele é um ser humano - diz o ex-zagueiro, que também conviveu com lesões em boa parte da carreira.
Em 2011 Dedé teve o melhor ano da curta carreira: foram 12 gols em 61 jogos, além da primeira convocação para a seleção brasileira. Os problemas começaram a aparecer no ano passado - sofreu um edema ósseo no primeiro semestre e nova contusão no fim da temporada, quando passou por cirurgia. O Mito fez 38 jogos e passou por uma temporada bem irregular.
- Tenho certeza de que ele vai se recuperar. Não tenho nenhuma dúvida de que ele voltará ser o mesmo de 2011. Mas claro que vai sofrer um pouco. Trabalhamos para encurtar esse período de readaptação do Dedé - disse o diretor técnico do Vasco.
Em menos de três anos, Dedé passou de desconhecido para principal jogador do Vasco. Na madrugada de domingo para segunda-feira, ele usou o Twitter para agradecer as mensagens da torcida.
- Valeu, rapaziada. Obrigado o apoio de todos escreveu o Mito.