A identificação de Morais com as raízes vascaínas começa pelo nome. Nascido Manoel, o apoiador adotou o sobrenome da mãe para seguir na carreira profissional. A relação com o clube começou cedo, passando por todas as categorias de base.
Mas, como em muitos casamentos, Morais precisou dar um tempo na relação para perceber que seu coração batia forte mesmo pelo Vasco. Depois de uma rápida passagem pelo Atlético-PR, entre 2004 e 2005, retornou a São Januário no Brasileiro do ano passado e se firmou como titular e ídolo da torcida. Nas finais dos torneios das escolinhas, é ele o encarregado da entrega de medalhas e troféus aos que sonham um dia ocupar o seu lugar no time.
- Eu era mal assessorado na época em que deixei o Vasco. Hoje, mais maduro, não faria o mesmo - repete sempre o apoiador, que completará 22 anos na próxima segunda-feira.
Sob o comando de Renato Gaúcho, Morais aprendeu que precisa se doar mais pelo time e, não por acaso, é o único que participou de todos os jogos oficiais da equipe na atual temporada.
Do apoiador franzino que estreou nos profissionais em 2002 e foi campeão estadual no ano seguinte, Morais mantém o mesmo estilo impetuoso, mas é visto como um jogador mais completo e que ainda pode evoluir.
- Ele hoje é um jogador mais consciente, mais responsável e sabe o que quer para a carreira dele - elogia Renato Gaúcho.
A confiança do treinador é tanta que Morais é visto como intocável. Na última partida, contra o Criciúma, o apoiador esteve várias vezes na defesa, ajudando na marcação, além de criar as jogadas de ataque.
- O Morais sabe o quanto confio nele e sabe também que tem capacidade para decidir as partidas. Com o tempo, e mantendo a dedicação, pode brilhar ainda mais e se firmar como ídolo - aposta Renato.