Futebol

Multicampeão pelo Vasco, Mazinho relembra momentos marcantes na carreira

Paraibano de Santa Rita, Iomar do Nascimento, o Mazinho, é, sem dúvida, um dos personagens mais marcantes do futebol brasileiro. Em uma carreira vitoriosa, ele participou de dois títulos que encerraram longos jejuns da Seleção Brasileira. Um deles foi em 1994, na Copa do Mundo dos Estados Unidos, a quarta estrela após 24 anos de seca. Mas antes, em 1989, teve a conquista da Copa América, pondo fim a um hiato de 40 anos sem título da Amarelinha no torneio. E esse foi no Maracanã. Com essa e outras boas lembranças acumuladas no templo sagrado do futebol brasileiro, o ex-jogador admite que o estádio, que completou 70 anos nessa terça-feira, não é mais o mesmo. Para ele, a reforma para o Mundial de 2014 transformou o Maraca num "estádio normal".
 

Revelado pelo Vasco da Gama na década de 1980, Mazinho não sabe quantos jogos disputou no Maracanã ao todo, mas garante que o estádio provocava diversas sensações em todo atleta que pisava aquele gramado. Desde o início desta década, porém, isso se perdeu. O tetracampeão do mundo considera que aquele brilho acabou com a reforma que modificou a estrutura da lendária e mais marcante praça esportiva brasileira.

– Naquela época, (o Maracanã) transmitia sensações diferentes. Hoje em dia é muito normal. Antigamente, te transmitia muita coisa. Eram duas torcidas dividindo as arquibancadas. A gente via num Vasco x Flamengo, por exemplo, como o estádio se comportava. Hoje é mais simples. Ele não vive o futebol como vivia naquele tempo – considera Mazinho.

 

Na opinião do ex-jogador, tudo mudou. A capacidade do Maracanã diminuiu, como também a estrutura das arquibancadas, fatos que provocaram uma perda de brilho e tradição tão habituais de um local que foi, por muito tempo, o maior estádio do mundo, recebendo quase 200 mil pessoas.

– O Maracanã se tornou um estádio normal. Ficou moderno, menor, menos capacidade. Quase 50% da capacidade foram retirados. Ficou bonito, mas não tão imponente como era o Maracanã de antigamente. Aquele estádio que tinha capacidade de quase 200 mil pessoas. Mesmo distante, ele provocava muitas sensações. Era um prazer de todo jogador entrar nesse palco. Hoje é diferente, ficou tudo moderno, pelas normas, pela segurança. Mas continuo falando que o Maracanã de antigamente era melhor que o atual – admite o tetracampeão mundial.

Hoje, o Maracanã tem capacidade máxima de 78.838 espectadores, um número bem inferior ao original. Com as normas de segurança atuais, jamais o estádio conseguiu ter a capacidade total preenchida em uma partida de futebol. Além disso, os tradicionais anéis das arquibancadas foram retirados, além da Geral.

Nascido em 1966, Mazinho não estava no dia do recorde histórico do Maracanã, que foi a final da Copa do Mundo de 1950, entre Brasil x Uruguai, que teve 199.854 de público presente. No entanto, o jogador esteve em campo num importante confronto entre a Amarelinha e a Celeste, em 1989, na Copa América no Brasil. Aquele triunfo por 1 a 0 encerrou um jejum de 40 anos do futebol brasileiro no torneio continental.

Mazinho participou diretamente do gol marcado por Romário, que garantiu a conquista que, curiosamente, foi o tetra do Brasil na Copa América.

– O jogo final da Copa América de 1989 foi o jogo mais marcante. Contra o Uruguai. Eu fiz o cruzamento que terminou com o Romário marcando de cabeça. Para mim, foi o jogo mais importante que tive na minha carreira no Maracanã – recorda Mazinho.
 

A carreira de Mazinho foi bem regular, se destacando pelo Vasco, no qual acumulou mais de 200 partidas e conquistou dois Campeonatos Cariocas (1987 e 1988), além do Brasileiro de 1989. Depois, defendeu os italianos Lecce e Fiorentina, até chegar ao Palmeiras. Pelo Verdão, foram mais dois títulos estaduais, além do Brasileirão de 1993.

Do futebol de São Paulo, partiu para a Espanha, onde atuou por Valencia, Celta de Vigo e Alavés. Mazinho encerrou a sua carreira em 2001, jogando pelo Vitória.
 

Vestindo a camisa do Vasco, Mazinho destaca uma partida no Maracanã. Foi no Carioca de 1988, quando anotou os dois gols vascaínos sobre o Botafogo.

– Pelo Vasco, uma partida memorável foi contra o Botafogo, no Campeonato Carioca de 1988. Eu consegui marcar dois gols nessa partida. Esses jogos me marcaram demais. São as melhores recordações que eu tenho nesse palco iluminado – lembra o ex-vascaíno.

Pela Seleção Brasileira, o ex-lateral-direito e volante conquistou a Copa América de 1989 e a Copa do Mundo de 1994, além da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.

Uma década depois de sua aposentadoria, as raízes do paraibano seguem fincadas no futebol. Mazinho é pai da dupla Thiago, do Bayern de Munique, e Rafinha Alcântara, que hoje está emprestado pelo Barcelona ao Celta de Vigo. O segundo foi campeão olímpico de forma inédita pelo Brasil, em 2016, no Maracanã.


 

Fonte: (ge)
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