MUV questiona Eurico por deixar o Vasco fora da Timemania

O Vasco deverá ficar fora da Timemania. Eurico Miranda, presidente do clube, é contra o formato da nova loteria. Para o dirigente, que garante não ter dívidas fiscais, a lei que a regulamenta é uma violência contra os clubes.

\"Inicialmente, quero reafirmar que o Vasco não irá aderir à Timemania em nenhuma hipótese, não só porque não tem dívidas que justifiquem sua adesão, mas também e principalmente por considerar que a regulamentação proposta para essa nova loteria se caracteriza como uma indevida interferência do Estado nos clubes\", expressou Eurico no site oficial do clube.

\"Em segundo lugar, asseguro que o Vasco nada deve à Receita Federal, ao INSS, ou ao FGTS. Do suposto total divulgado como sendo o da dívida do Vasco, grande parte, ou talvez a maior parte dela se refira a ações que ainda pendem de julgamento definitivo e, evidentemente, estão sendo, todas elas, contestadas pelo nosso clube\", continuou.

As afirmações de Eurico, porém, são questionadas pelo movimento de oposição ao atual presidente. José Henrique Coelho, presidente do Movimento Unido Vascaíno (MUV), mostra preocupação com a situação financeira do Vasco.

\"O balanço do Vasco é uma fraude. Fomos levantando as dívidas. Elas aparecem na primeira instância. São cinco penhoras de São Januário por causa de dívidas governamentais\", afirmou.

Segundo Coelho, o Vasco teria uma dívida fiscal de R$ 11 milhões, apurada até o momento pela oposição, mas podendo ser ainda maior. Para o presidente do Muv, a ausência do Vasco na nova loteria deve-se a outro fato.

\"Na verdade ele (Eurico Miranda) está querendo evitar a fiscalização que a Timemania irá fazer, porque estará recebendo financiamento público\", lembrando também que, times com dirigentes enfrentando processos na Justiça, como no caso do Vasco, não poderão aderir à nova loteria.

De olho nas eleições para a presidência do Vasco, em novembro, o MUV estuda a participação do clube na Timemania. \"Achamos que é uma loteria que vai ajudar. Já foi feita em outros países. É uma solução. Se nós devemos ao governo, esse dinheiro tem de ser pago\", encerrou.