Precaução. Essa é a palavra de ordem no Vasco. A fim de evitar que uma surpresa desagradável estrague todo o ano de trabalho e planejamento do clube, os atletas sabem que não pode haver clima de \"oba-oba\" na equipe. Com 56 pontos e na liderança da Segundona, o time da Colina precisa de apenas mais três vitórias para subir, e a probabilidade de isso acontecer é, segundo os matemáticos, de 98%.
Mesmo com tantas coisas a favor, o meia Carlos Alberto sabe que é preciso fazer tudo da forma correta, e que é preciso controlar a ansiedade.
- Na vida do atleta, o céu e o inferno estão muito próximos. Cada deslize, cada rebaixamento pode fazer você acabar mal. Mas fazendo tudo direitinho conseguimos. Qualquer vantagem agora é significativa e, se conseguirmos, é sempre bom. Nesse momento, não podemos ficar pensando em oba-oba, porque isso gera ansiedade. Temos que pensar no que vai acontecer, fazer o nosso e respeitar os adversários - afirmou o meia.
No mesmo tom falou o goleiro Fernando Prass. No entanto, o dono da camisa 1 cruzmaltina foi além e comentou sobre o papel da torcida nos momentos de pressão e alegria da equipe. Para ele, é preciso ter concentração para não precisar de indisposição com quem está nas arquibancadas.
- Não podemos transformar esse momento em ansiedade demasiada. Entendemos que a torcida quer passar uma borracha no ano passado e retornar à Série A., eles querem que as coisas aconteçam logo, e nós também. Só que nem sempre é fácil. Às vezes temos que tapar o ouvido um pouquinho, porque a pressão muito grande a atrapalha. Tem horas que temos que saber isolar isso um pouquinho e sem deixar o oba-oba tomar conta. Tem diasque você é herói, e outro, vilão - comentou.
O Vasco enfrenta a Ponte Preta, neste sábado, em Campinas, pela 29ª rodada da Série B.