Futebol

Opinão: "Vasco teve várias chances para ganhar e não conseguiu"

Lédio Carmona

\"cazalberto\"O Botafogo deu ao Vasco inúmeras oportunidades para vencer o clássico, pôr fim à saga dos empates e à série de cinco jogos sem vitória. Alguns oferecimentos dos alvinegros para os vascaínos.

1. O Botafogo entrou apático demais. Frio, sem força e dispersivo. Enquanto isso, o Vasco combatia muito, marcação quase sempre dobrada, e explorava sua melhor jogada ofensiva, sempre com Eder Luis, melhor jogador em campo no clássico do Engenhão.

2. Com menos de meia hora, o Botafogo perdeu dois jogadores por lesão. Primeiro, Antonio Carlos. Depois, Maicossuel. Os planos de Joel Santana foram minados. O caminho para a vitória estava aberto.

\"elloco\"3. A noite parecia de incomensurável azar para o Botafogo. No primeiro gol do Vasco, a bola chutada por Ramon bateu em Danny Morais e matou Jefferson. Gol que surgir a partir de falta de Zé Roberto em Antonio Carlos no meio de campo. O segundo, após bela jogada de Eder Luis, saiu no momento em que o Botafogo se ajeitava sem Maicossuel e com Caio, mais uma vez fora de tom.

4. No segundo tempo, Felipe deixou Carlos Alberto na cara de Jefferson. A defesa do Botafogo estava aberta. Carlos Alberto chutou em cima de Jefferson.

5. Após diminuir graças à tripla falha de Fernando Prass, Titi e Nílton, Herrera surtou e pediu para ser expulso. Sem pestanejar, o árbitro atendeu ao seu pedido. Cartão vermelho. O Vasco passava a ter um jogador a mais.

\"eder\"Adivinha se conseguiu resolver a partida? Claro que não. Evidente que não. Cristalino que não.

Com tudo isso, o Vasco deu ao Botafogo apenas uma chance de não perder a partida. Uma única. E foi suficiente para o Botafogo chegar ao 2 a 2, diminuir o prejuízo da noite, Cruzeiro (2 a 0 no Ceará) e Corinthians (3 a 2 no Santos) souberam vencer suas partidas. A seguir, você conhecerá a mão que estragou a noite dos vascaínos. A mão de Titi.

46 minutos do segundo tempo. Exatamente, meu caro. Acréscimos do clássico. O Botafogo no desespero. O Vasco, morto fisicamente, e acuado. Cruzamento sobre a área, buscando Loco Abreu. Titi, como na final da Taça Guanabara contra o mesmo Botafogo, sobe com o braço esquerdo levantado e espalma a bola. Inacreditável. Privação de sentidos pouca é bobagem. Paulo Cesar Gusmão chuta o vento, no auge da ira. Titi acabava de oferecer um pênalti para o Botafogo e de “garantir” o 12º empate do Vasco em 23 jogos. Isso significa que em 36 pontos, o time só ganhou 12. Mão de Titi, gol de Loco Abreu, seu quinto em cinco jogos seguidos. O Botafogo foi bravo mais uma vez. E segue na briga em cima. O Vasco, do meio para baixo.

Resumo do clássico dramático no Engenhão: o Vasco teve várias chances para ganhar e não conseguiu. E o Botafogo só teve uma chance para não perder e aproveitou. Uma mão na roda. Perdão pelo trocadilho. Era inevitável.

Fonte: Blog de Lédio Carmona