O presente com prazo de validade está atando o Vasco. Porque não há nada pior do que a indefinição instalada em São Januário desde o adiamento das eleições e a consequente extensão do mandato de Roberto Dinamite, cada vez mais dedicado à agenda de sua luta pessoal para perpetuar-se na Assembleia Legislativa.
O pior candidato dos que estão em campanha pela presidência do Vasco talvez seja melhor do que os cinco gols sofridos em casa no último sábado, melhor do que a vergonhosa eliminação da Copa do Brasil, melhor do que a recusa do mediano Enderson Moreira e melhor do que a chacota que chicoteia o orgulho de uma torcida há meses.
E o prometido recadastramento dos sócios, arrastado, sonolento e preguiçoso, consegue ser tão ruim ou pior do que o não confiável quadro eleitoral. Desmoralizou-se tanto o clube, que até o conselho deliberativo, outrora supremo, é agora desautorizado pela Justiça comum.
Ainda que a sucessão seja sombria, o Vasco somente andará quando virar a página de mais uma gestão desastrosa que envergou, mas não larga o osso. Porém, a contagem regressiva de 68 dias até a eleição é longa o suficiente para virem à tona velhas manobras e novos vexames.
O Vasco não merece.
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