Demorou, mas a Justiça, finalmente, bateu o martelo em relação às eleições no Vasco e, se não houver novas armações, teremos provavelmente em abril a segunda consulta ao quadro social. Desta vez, espera-se, com seriedade, justiça, respeito à opinião da maioria, tudo o que, enfim, não aconteceu em novembro de 2006. O Vasco está cobrando – e merecendo – uma fase de paz e renovação para que encontre novos caminhos internos e volte a se afirmar como força externa, sem o ranço de antipatia e desconfiança dos últimos tempos. Ao confundir seu próprio perfil com o do clube e tratar cada crítica como se fosse ofensa pessoal, Eurico isolou o Vasco em um gueto e apequenou uma gigantesca instituição. Nem dá para se ter uma idéia de quem vencerá a eleição, tal o pouco tempo de campanha e as dificuldades de identificação de quem realmente terá direito a voto. Só se espera que o mecanismo de controle e fiscalização seja isento. E quem ganhar que leve, mas como símbolo real do desejo do quadro social. Seja para novos tempos, seja para manter uma deprimente mesmice.
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