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Opinião: "Falar em mudanças agora me soa insano"

Só agora, três rodadas rodadas depois de ter empatado em 1 a 1 com o Avaí em São Jánuário, o Vasco começa ter a exata noção do quão prejudicial foi aquele tropeço em casa com um time que se arrasta na parte de trás da tabela do Campeonato Brasileiro.

Bastaram um clássico regional e dois jogos fora de casa para o time de PC Gusmão começar a conviver com os mais sérios revezes da competição: nestes três últimos jogos, conheceu as duas primeiras derrotas no pós-Copa, empatou com o Botafogo, e despencou na tabela - embora tenha um jogo a menos.

A exemplo do que ocorreu na derrota para o Internacional, o Vasco dividiu as ações com o Guarani de Vágner Mancini, mas não teve capacidade ofensiva para vencê-lo - perdeu por 1 a 0, com gol de pênalti de Baiano, agora terá de vencer os dois jogos em casa para recuperar os pontos perdidos fora.

Na terça-feira, os vascaínos terão o Santos pela frente e, na sexta-feira, o Goiás - ambos em São Januário, e para o primeiro compromisso o time não terá o zagueiro Dedé e o volante Rafael Carioca , suspensos, e o volante Nílton e o atacante Carlos Alberto, machucados.

Neste embate contra o Bugre campineiro, no Brinco de Ouro, o Vasco voltou a sentir a falta de um artilheiro, chegou ao ataque de forma desordenada e não teve grandes chances de chegar ao gol de Douglas - seu adversário também não exigiu muito, tendo duas ou três boas oportunidades para marcar.

Sem Ramon, que está novamentre entregua ao departamento médico, o Vasco voltou a insistir com as jogadas com Fágner, pela direita, e não teve quem criasse as jogadas para Éder Luís e Rafael Coelho - panorama que não se alterou com as entradas de Carlos Alberto e Felipe no segundo-tempo.

A série agora, como já disse, é favorável aos vascaínos: Santos e Goiás em São Januário, depois Atlético-PR fora, com mais dois jogos no Rio, contra Corinthians e Grêmio - se o time, mexido a cada jogo, irá corresponder, não se sabe; mas é, sem dúvida, o divisor de águas do clube na competição.

De qualquer forma, penso que a situação do Vasco hoje não deva ser vista de maneira tão simplista - ainda mergulhado no caos administrativo e financeiro, os dirigentes do clube precisam não destruir a base construída e lapidada para 2010, qualificando-a com vistas a 2011.

Falar em mudanças agora me soa insano.

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