Por Eugênio Leal
O elenco do Vasco é limitado; o técnico não tem pinta de vencedor e erra muito nas escalações e nas substituições. O principal jogador está sempre machucado e a revelação da temporada deve ir embora nos próximos dias, embora o presidente negue. O principal reforço tem histórico de irregularidade e só poderá jogar em agosto. O torcedor tem motivos para estar preocupado. Este não é o Vasco que ele se acostumou a ver em campo e o fantasma do rebaixamento já cerca o clube na segunda rodada.
A culpa é do Roberto sim. Ele já está na presidência há quase dois anos e não conseguiu dar sinais de que possa reerguer o clube. Pelo contrário, a cada dia aumentam as dificuldades. A culpa é do Eurico também. Afinal, durante o período em que foi presidente o time também não foi nada bem embora não tenha caído para segunda divisão. Muitos dos problemas financeiros também surgiram sob o comando dele. Na verdade, a culpa é de todos que se colocam acima da instituição. O clube é e sempre será maior que todos eles.
O que mais me preocupa é exatamente esta guerra política que agita os bastidores de São Januário. Ontem nas arquibancadas, um grupo vaiava o time durante o jogo, influenciando negativamente a atuação da já combalida equipe. Ora, o torcedor de verdade critica sim, mas depois que o jogo acaba. Não se pode atrapalhar o desempenho da equipe!
E o pior é que tudo parece ter motivos políticos. É o grupinho do Eurico de um lado e o grupinho do Roberto do outro. Será que o Vasco é tão pequeno que se resume a estes dois senhores? Claro que não. Há milhares de vascaínos vencedores, talentosos, vitoriosos. Porque diminuir o clube a uma briguinha entre duas pessoas? É preciso pensar no Vasco antes de pensar nas pessoas!
É hora de o torcedor de verdade comparecer e colocar as coisas no lugar. Cobrar sim, exigir profissionalismo, transparência, competência, resultados. Mas sem fazer uso político desta cobrança. O Vasco só voltará a ser forte no dia em que estiver unido e coeso. Enquanto as briguinhas pessoais e os interesses políticos menores dominarem as discussões o clube continuará caminhando a passos largos para o fundo do poço.
Mais lidas