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Opinião: Reação do Vasco no segundo tempo dá esperança aos vascaínos

Se o empate em 2 a 2 com o Botafogo teve alguma importância, certamente não foi pelo resultado em si, que pouco nos ajudou na classificação. Na situação em que nos encontramos, é muito mais preocupante ver que subimos apenas uma posição e que um concorrente direto como o Curitiba conseguiu um bom resultado contra o líder do campeonato. Mas é impossível não ter alguma esperança após de termos conseguido um ponto depois de estarmos perdendo por 2 a 0 antes de 10 minutos de bola rolando.

O que incomoda no resultado é quando pensamos que, mesmo jogando muito abaixo do que precisamos para ter alguma tranquilidade em escaparmos do rebaixamento, poderíamos ter melhor sorte se não fossem as falhas individuais. Sofrer dois gols em três minutos, em duas falhas do Diego Silva, só serve para nos lembrar do erro de planejamento que foi não contratarmos um goleiro mais experiente.

Com tamanha desvantagem logo no começo do jogo, não haveria como o time ter tranquilidade para fazer qualquer coisa. Meio que no empurra, e contando com um Botafogo sentado na vantagem no placar, o time ainda teve mais posse de bola, mas pouco conseguiu criar – a melhor chance foi numa cabeçada do Cris, salva pelo Jefferson – e ainda vimos o alvinegro chegando com muito mais perigo ao ataque.

O que poderíamos esperar do segundo tempo? Certamente, os vascaínos não contavam com uma reação do time. Dorival fez duas alterações: a esperada entrada do Juninho, no lugar do Fellipe Soutto – que havia entregado a bola que originou o segundo gol botafoguense – e Talles no lugar do Montoya, que pouco conseguiu fazer pela equipe. E foi o camisa 8, descansado e provavelmente com toda vontade do mundo de mudar o que via,  que iniciou a reação vascaína.

Foi fundamental para o Vasco ter diminuído logo no começo da etapa final, aos 9 minutos. Juninho, que não ia bem nas bolas paradas há séculos, cobrou escanteio na medida para Jomar marcar seu primeiro gol como profissional e incendiar a partida. A cachorrada tentou equilibrar a partida, mas na base da garra, o Vasco seguia tendo mais presença ofensiva. E de tanto rondar a área, conseguimos o empate: depois de cobrança de escanteio, a bola sobra para o Juninho que centre e no meio de um furdunço na área, Pedro Ken aparece para igualar o placar.

O que o jogo não tinha em técnica, ganhou em emoção. Os dois times procuravam o ataque, mas as defesa se saíam melhor. Diogo Silva fez algumas defesas (não sem deixar a torcida aflita com os rebotes que dava) e o Vasco tentava na raça conseguir a vitória. Que acabou não vindo após grande defesa de Jefferson em boa cobrança de falta de Juninho, no último lance do jogo.

O empate não foi o melhor resultado possível para o Vasco, até porque, mesmo subindo uma posição na tabela, a distância para o grupo fora do Z4 aumentou. Mas ao menos o time mostrou garra para buscar um ponto que parecia completamente perdido. Teremos a Ponte Preta como próximo adversário e a vitória fora de casa é vital para compensar os pontos perdidos para o Goiás em Macaé. Mas não podemos mais contar com uma reação como a que tivemos hoje. Precisamos, antes de tudo, evitar as falhas que sempre nos deixam em desvantagem logo no início das partidas.

Fonte: ge