Comparado aos números registrados no Campeonato Brasileiro desde 2006, ano em que passou a ser disputado com 20 clubes, o rendimento de Vasco, Flamengo e São Paulo em 2013 é de fato perigoso e delicado.
Mas, dentre os grandes, o time de Dorival Júnior é o que possui a situação mais alarmante: não tem um goleiro eficiente, a melhor referência está no último ano da carreira, a comissão técnica não consegue dar sustentação defensiva e a diretoria é incapaz de criar um fato que vislumbre a recuperação.
Os números mostram, por exemplo, que desde 2006 um clube jamais foi rebaixado com 13 vitórias _ Vasco e Flamengo têm seis, e o São Paulo, sete.
Outra constatação é a de que de lá pra cá os quatro rebaixados têm quase sempre os piores saldos de gols _ as exceções foram registradas nas edições de 2007 e 2010, justamente em função do número de vitórias alcançados pelos que se salvaram da degola.
Outra curiosidade se dá também no número de derrotas: o rebaixado que perdeu menos vezes registrou 14 derrotas _ o Vasco já tem onze, o São Paulo dez e o Flamengo, oito.
Ou seja, hoje, o que os difere é, em primeiro lugar, a vitória a mais que o clube paulista tem sobre os cariocas.
Depois, os três empates a mais que os rubro-negros têm sobre os vascaínos.
E, entre os três times, é justamente o Vasco quem tem menos valor competitivo pelo fato de não ter um goleiro seguro.
A campanha do time de São Januário, neste momento, é intermediária a do rebaixamento de 2008 e da assustadora de 2010.
Em ambas as edições, o Vasco venceu apenas onze jogos, tendo evitado o rebaixamento por conta do número de empates: 16 em 2010, sete em 2008.
Portanto, não perder é fundamental.
O rendimento mínimo seguro para o Vasco se salvar de outro vexame nos 15 jogos restantes é cinco vitórias e sete empates.
Somaria mais 22 pontos e chegaria aos 46. Se trocar uma vitória por mais um empate, faz 44 e passa a depender do número de vitórias dos concorrentes diretos.
O mesmo vale para Flamengo e São Paulo, times que têm a tarefa facilitada por terem o básico: um bom goleiro...
MISSÃO.
Mesmo improvisado no posto de executivo do futebol do Vasco, cabe a Ricardo Gomes a missão de resolver o problema da fragilidade no gol vascaíno.
Se não for possível contratar um novo goleiro, que troque o treinador específico.
Mas, se nada for feito, ele, Gomes, será um dos responsáveis direto pelo fracasso.
Que isso fique bem claro!
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