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Opinião: Vasco deve ter postura tática e atitude diante do Coritiba

Adilson Batista teve três dias para trabalhar com o Vasco antes da partida de logo mais contra o Coritiba. Com tão pouco tempo, não era de se esperar que ele fosse realizar grandes mudanças no time, mas pela provável escalação que apareceu, a diferença terá que ser mesmo na postura dos jogadores, tanto taticamente como na atitude.

Não que a atitude não seja importante, claro. Na situação em que nos encontramos, se impor em campo é vital, ainda mais sabendo que o Coritiba conseguiu dar um respiro na sua situação dentro do campeonato e tem feito boas partidas, pelo menos no Couto Pereira. As duas vitórias que teve nas últimas partidas em casa fizeram com que o Coxa se descolasse um pouco do Z4 e o time paranaense certamente não vai querer parar esse início de reação. Mesmo um empate, ainda mais contra um time que luta desesperadamente contra o rebaixamento, já deve ser considerado um bom resultado para o alviverde. E é aquilo: se Péricles Chamusca acompanhou minimamente a campanha vascaína, deve saber que jogar com cautela e esperar pelos nossos erros é um ótimo caminho para se dar bem.

Adilson parece saber disso e optou pela experiência numa partida em que a vitória é uma obrigação. As mexidas no time foram as mais óbvias – as voltas de Juninho, Fagner e Pedro Ken – e quem a torcida esperava ver no banco continuará em campo. Alessandro, Cris, Wendel e Francismar, por exemplo, começam jogando. É preciso levar em consideração que há jogadores suspensos (como Sandro Silva e Willie) e contundidos, mas ainda assim garotos como Luan, Baiano e Thalles poderiam ter uma chance.

O 4-4-2 armado pelo novo treinador não difere em nada de outras formações testadas pelo Dorival. O time sem um centroavante funcionou algumas vezes, mas para trazer resultado, depende muito da chegada dos meias para finalizar, já que Edmilson e Marlone jogam mais abertos na frente. Com Juninho descansado, ele pode ter pique para cumprir bem essa função, mas o ideal é que tanto ele como o Francismar e até o Pedro Ken se aproximem da área adversária para o arremate. O problema é evitar os contra-ataques nessas situações: é preciso que o time jogue compacto e que o Wendel e os laterais consigam dar a cobertura necessária quando houver menos gente marcando no meio. E é sempre bom lembrar que faltas perto da nossa área devem ser evitadas a todo custo. Com Alex do outro lado, as bolas paradas são sempre um perigo.

Adilson Batista tem fama de Professor Pardal, mas não partiu para invencionices. Se houve alguma surpresa nessa sua primeira escalação foi a falta de surpresas. Agora é esperar que o time nos surpreenda jogando bem e vencendo.

Fonte: ge