De acordo com o Movimento Unido Vascaíno (MUV), os balanços do Vasco em 2005 e 2006 foram fraudados. O MUV realizou uma operação contábil para levantar o valor da dívida e questionou dois credores que constam nos balanços vascaínos desde 2001: a empresa Pelé Sports & Marketing e o Fluminense.
De acordo com o MUV, os dois credores negam as dívidas. No balanço vascaíno, o Fluminense ainda tem uma dívida de R$ 515 mil, referente à compra do passe do apoiador Yan, cria do clube. Como defesa, o clube tricolor apresentou dois documentos para provar a quitação da dívida. O seu Livro Diário, do ano 2000, e o Livro Razão Auxiliar Analítico do Clube dos Treze, nos quais consta que a dívida foi quitada em novembro de 2000.
Já a Pelé Sports & Marketing declarou em uma carta oficial que não possui nenhuma dívida de R$ 100 mil com o clube vascaíno. Com isso, resta o impasse entre as versões.
O MUV ainda lembrou que o balanço fiscal do clube de 2006, no qual ainda constam as duas dívidas, foi publicado sem a aprovação do Conselho Deliberativo, o que contraria o estatuto do clube.
Com isso, o grupo oposicionista afirma que os balanços dos dois últimos anos não têm valor legal. De acordo com o grupo, até mesmo o laudo dos auditores contratados pela atual diretoria mostra que o Vasco está insolvente, concluindo que o passivo do clube já ultrapassa o valor de R$ 240 milhões.
Outro a ser consultado é o clube búlgaro CSKA, que, no balanço do Vasco, tem dívida no valor de R$3.845.780,00, desde 2003. Estranhamente, a diretoria não recorreu à Fifa para receber a dívida, como fez na venda do meia Felipe ao Roma, em 1999.
Há um total descontrole das finanças e da contabilidade do clube, que ficam sujeitas ao arbítrio do presidente em iludir conselheiros, sócios, torcedores e o mercado financeiro, disse o presidente do MUV, José Henrique Coelho, alegando que a dívida do Vasco já é de R$ 240 milhões.