O Vasco vive a sua melhor fase na temporada. Há seis jogos sem perder, o clube se classificou para as semifinais da Copa do Brasil e se afastou da zona de rebaixamento do Brasileirão, pulando para a 13ª posição da tabela. A melhora no desempenho se deve a vários fatores, desde o coletivo mais encorpado até o brilho individual de jogadores como Philippe Coutinho.
O ge levantou seis motivos — um para cada jogo sem perder nesta sequência — que explicam a evolução do desempenho da equipe. Veja a lista.
Depois das duas derrotas para Juventude e Corinthians, o Vasco reagiu rápido e mostrou um bom desempenho na partida contra o Botafogo, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil, em São Januário. A equipe mereceu sair do jogo com a vitória, mas o empate serviu para resgatar o moral dos jogadores, que logo depois foram determinantes para o time vencer o Sport fora de casa.
A classificação no Nilton Santos após a parada para a Data Fifa fez o Vasco ganhar confiança. Apesar do empate frustrante contra o Ceará, a equipe jogou com coragem contra o Flamengo no Maracanã e foi melhor do que o rival no primeiro tempo do clássico. Contra o Bahia, mesmo com uma falha no início, o time não se abalou e se impôs para conquistar a virada e voltar a vencer em casa.
Não é coincidência. Desde que Barros virou titular do Vasco, a equipe não perdeu mais. Os seis jogos de invencibilidade tiveram o volante na escalação, seja ao lado de Jair, Tchê Tchê e Hugo Moura.
O jogador foi o destaque dos clássicos contra o Botafogo na Copa do Brasil e foi um dos melhores em campo contra o Flamengo. Nas partidas contra o Ceará e o Bahia, sofreu duas faltas que geraram cartões vermelhos para o adversário.
Impacto de Cuesta
É inegável que o Vasco tornou-se um time mais físico com as entradas de Carlos Cuesta na zaga e Barros no meio de campo. Reforços da janela do meio do ano, os dois jogadores tornaram o time mais intenso e combativo sem a bola.
Além do impacto no sistema defensivo, Cuesta tem aparecido para ajudar no ataque. Ele fez o gol da virada contra o Ceará e deu uma assistência no cruzamento para Coutinho empatar a partida contra o Bahia, gol que iniciou a reação vascaína na vitórias desta quarta-feira.
Bola parada
O Vasco evoluiu bastante nas bolas paradas. O gol da virada contra o Bahia, marcado por Puma Rodríguez, foi o 12º do clube no Campeonato Brasileiro a partir das bolas paradas, o que representa um terço do total de 36 gols marcados pelo time no torneio.
O lateral já havia ensaiado o gol após escanteio contra o Flamengo, quando acertou a trave depois de cabeçada perigosa. No clássico contra o maior rival, Rayan empatou a partida após bom cruzamento de escanteio de Coutinho.
O camisa 10 também tem se destacado como cobrador de faltas — a exemplo do gol que marcou contra o Ceará e da cobrança que abriu o placar contra o Botafogo no Nilton Santos, com gol de Nuno Moreira, em rebote após vacilo de Neto.
Coutinho embalado
São sete gols nos últimos 11 jogos pelo Vasco. Coutinho definitivamente embalou e está em sua melhor fase pelo clube carioca. O meia foi determinante nas quatro vitórias de agosto para cá. Sem problemas médicos, ele assumiu o protagonismo da equipe e virou a referência da equipe de Diniz, a ponto do treinador defender a convocação do meia para a Copa do Mundo de 2026.
— Acho que ele se credencia cada vez mais para ser um nome para disputar uma Copa do Mundo. Ele leva uma vantagem porque não precisa ser testado. Ele cada vez mais se coloca nessa condição. Fez uma partida brilhante. Fez gol, podia ter feito um golaço de falta. Treina cada vez mais, está se lesionando cada vez menos. Se credencia jogo a jogo a ser um dos candidatos a vaga na Copa do Mundo — disse o técnico do Vasco.
O Vasco tem melhorado como um time. A evolução do coletivo é notória, tanto no ataque, como na defesa. Para dar mais um salto na temporada, a equipe precisa errar menos de forma individual. Nos seis jogos de invencibilidade, a maioria dos gols sofridos foram dados de presente ao adversário.
O time tem se defendido melhor e não tem cedido tantos espaços para os adversário, mas ainda oscila dentro das próprias partidas devido a falhas individuais ou perdas de concentração.