Todas as críticas que vinham sendo feitas a organização defensiva do Vasco são justas e inquestionáveis, mas quem acompanha jogo a jogo (como faço por trabalho), deve ter percebido uma primeira evolução marcando em bloco alto e, agora, um nível de concentração e estruturação melhor nos últimos clássicos.
Bloco Alto:
Contra o Flamengo, o time de Diniz conseguiu pressionar bem em bloco alto a partir de um 4-4-2 por encaixes individuais, pressionando com os dois volantes por dentro, sendo Hugo Moura o louvável cara que dividia a referência individual em Allan com saltos para pressionar Rossi fechando a linha de passe. Na bola longa, com a formação espelhada, Cuesta e Robert Renan/Lucas Oliveira conseguiam vencer os duelos por cima e proteger a profundidade.
Bloco Baixo:
No entanto, desde o jogo contra o Corinthians, eu já via bons sinais defensivos marcando alto. Em bloco baixo, o time era catastrófico, já falei sobre aqui. Contra Botafogo e Flamengo, a equipe conseguiu marcar de forma mais compacta - o que ajudou a proteger a brecha nas costas dos volantes (entrada da área); os pontas também jogaram melhor defensivamente, com Nuno Moreira/Andrés Gomez acompanhando Emerson Royal até a linha de fundo, enquanto Rayan dobrava a marcação no ponta, disciplinado no balanço durante as trocas de corredor. Como ele mesmo disse, foi o jogo em que mais correu para marcar.
O gol sofrido ainda expõe o tipo de falha de proteção de cruzamentos, mas consideremos o contexto de ter sido um terceiro rebote em uma jogada onde a ocasionalidade do jogo também interferiu. Diniz, inclusive, reagiu bem para neutralizar o bom cruzador Emerson Royal e o ajuste na marcação em Allan, que estava fazendo bons lançamentos.
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Se você tiver interesse, escrevi uma análise completa para o @BetweenThePosts onde detalhei tudo o que aconteceu taticamente entre Flamengo e Vasco no empate em 1 a 1 da última rodada.
Link na sequência ⬇️⬇️⬇️