A derrota de virada do Vasco neste domingo, em São Januário, para a Cabofriense, teve um detalhe peculiar: cinco bolas na trave, sendo três dos anfitriões que, com o resultado, passaram a ter sua posição no G-4 do Campeonato Carioca ameaçada. Quem ficou na berlinda após a partida e recebeu cobranças da torcida foi o zagueiro Jomar, que substituiu o lesionado Rodrigo, falhou nos dois gols dos rivais e por pouco não acabou expulso no fim do primeiro tempo. De destaque positivo para os cruz-maltinos, o terceiro gol da equipe a partir de um cruzamento de André Rocha, repetindo o que fizera nas partidas contra Bangu e Friburguense.
O gol de empate poderia ter saído aos 20 minutos da etapa final, quando Edmílson caiu na área pedindo pênalti, mas a arbitragem nada marcou. No fim, uma trapalhada do goleiro Martín Silva, saindo mal a bola, só não terminou com o terceiro gol da Cabofriense por causa do travessão. Foi a primeira vitória fora de casa do time da Região dos Lagos no Carioca de 2014.
TRAVE PROTAGONISTA
Cinco bolas na trave. Se todas entrassem, o jogo deste domingo terminaria com um placar farto: 4 a 4. Por três vezes, os vascaínos pararam na baliza. Douglas, logo aos dois minutos, Fellipe Bastos, em cobrança de falta, e Luan, já no segundo tempo, carimbaram os postes do goleiro Cetin. Pela Cabofriense, Fabrício Carvalho, autor do gol da virada, e Keninha, no fim, após saída errada de Martín Silva, pararam nas balizas de São Januário.
O cruzamento de André Rocha para o gol de Edmílson, o único do Vasco neste domingo em São Januário, vem se tornando uma constante. Foi a terceira vez que o centro do lateral-direito se tornou uma assistência para um gol cruz-maltino. Antes, já havia conseguido achar os atacantes em condições de marcar nos jogos contra Bangu e Friburguense.
NOITE PARA ESQUECER
Substituto de Rodrigo, lesionado, na zaga cruz-maltina, Jomar não viveu uma noite inspirada em São Januário e teve de lidar com xingamentos e cobranças da torcida. No primeiro gol da Cabofriense, ele cortou de forma atabalhoada e acabou entregando para Fabrício Carvalho, que ajeitou para Pará bater e empatar a partida. No gol da virada, Jomar, mal posicionado, deixou Fabrício Carvalho livre para balançar a rede. No fim do primeiro tempo, o zagueiro ainda escapou de ser expulso em lance no qual, como último homem, perdeu a bola e derrubou o atacante da Cabofriense, que ficaria cara a cara com Martín Silva. Jomar recebeu a pior nota da equipe na avaliação do GloboEsporte.com.
Aos 21 minutos do segundo tempo, a torcida do Vasco reclamou. O lance foi polêmico. Em boa tabela na entrada da área da Cabofriense, a bola acabou nos pés de Edílson, que invadiu a área e, ombro a ombro com o marcador, foi ao chão. A arquibancada pediu pênalti, os jogadores também, mas a arbitragem nada marcou.
SAÍDA ERRADA
O jogo estava no fim - 44 minutos do segundo tempo - e o Vasco tentava a todo custo sair em velocidade para, quem sabe, conseguir evitar a derrota em casa para a Cabofriense. Contudo, por pouco não o rival não fez mais um. O goleiro Martín Silva saiu a bola de forma errada e entregou para o time de Cabo Frio. Keninha bateu bonito para o gol vazio. Não fosse o travessão, o placar em São Januário teria sido 3 a 1.
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