Após um vexame no meio de semana, o Vasco teve a chance de enfrentar um Grêmio em crise, dentro de São Januário. Era um jogo ideal para afastar o péssimo clima. Ideal para pontuar. Mas, sem muitas surpresas, mais uma vez o time decepcionou. E dessa vez com uma pitada de medo de quem o torcedor espera coragem: Fernando Diniz. Não só medo, mas teimosia também.
Sou fã do técnico. Não escondo isso de ninguém. E nem escondo críticas quando necessárias. Chamou a responsabilidade pra si. Praticamente repetiu a escalação com alguns jogadores que a torcida já não aguenta mais. Era na conta dele. E vimos um Vasco sofrer nos primeiros 20 minutos do 1°T diante de um limitado Grêmio, mas depois dos 30 empilhou chances, com gol anulado, bola na trave e oportunidades desperdiçadas.
No 2°T, até o gol de Lucas Freitas, o Vasco jogava até melhor do que no 1°T, mesmo sem brilhantismo. Abriu o placar e viu um Grêmio nas cordas. E aí entra o medo de Diniz. David, que fez boa partida, cansou. O técnico, teimoso, insistiu mais uma vez em Matheus Carvalho. Um atacante por um volante. Sintomático: Grêmio saiu para o jogo, fez pouca força, contou com vários erros da defesa do Vasco e, de bola aérea, mais uma vez, tomou o empate após parar de jogar.
Como solução? Diniz tirou um zagueiro e colocou Loide, a substituição que deveria ser feita antes pra tentar o 2° gol. Coragem pra jogar? Faltou ao Vasco. Assim como vem faltando muitas coisas. E, aos gritos de “Vergonha”, mais uma vez a torcida do Vasco, presente em São Januário, se decepciona com o time. Não que seja novidade. Infelizmente assim tem sido o Vasco. Quem não promove mudanças necessárias não pode esperar um resultado diferente. Não aprenderam nada com as vergonhas recentes. Nada.