Uma noite em que a derrota foi merecida. Não conte comigo para caçar bruxas. São Januário viu um Vasco hoje bem abaixo do esperado, principalmente com as mexidas de Diniz no 2°T, mas há um ônus e bônus. O mesmo treinador que tirou o Cruz-Maltino do Z4 e colocou na briga pela vaga na Libertadores, hoje, errou. E faz parte. Consciência que a própria torcida teve ao aplaudir e gritar “Vasco” na saída dos jogadores.
Quando falo sobre merecimento é porque o São Paulo veio a São Januário para jogar. De forma organizada, conseguiu neutralizar as dinâmicas sempre bem estabelecidas do time de Diniz. Marcou alto, teve chances, assim como o Vasco, que colocou uma bola na trave com Rayan. Depois viu Rafael salvar um belo chute de Robert Renan. Até que nos acréscimos do 1°T PH cometeu um pênalti bobo, puxando Arboleda até o fim, e Lucas colocou o São Paulo na frente.
No 2°T vimos uma das versões do Diniz. Colocou todos ao ataque, tirou Barros e desfigurou o time. Até o momento da substituição o Vasco pressionava. Depois acabou se perdendo e o São Paulo de Crespo se armou para o contra-ataque. No plano de jogo, o argentino foi melhor. Fernando Diniz é um combo inseparável: ele anda na linha tênue entre as ideias geniais e a bagunça por essas mesmas ideias. E não adianta pedir mudança por algo que, assim como gerou tantas vitórias, também acarreta em derrotas. Ele é assim.
E, sinceramente, seria muito oportunismo criticar o que logicamente vinha dando certo. Diniz fez o mesmo contra o Vitória, lembram? Assim é o futebol. Que o Vasco amadureça e encontre novamente seu equilíbrio, algo pouco visto hoje, mas longe de ser uma tragédia. Vida que segue. Tem muito campeonato pela frente.
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