Polêmica entre torcidas organizadas causa preocupação ao GEPE

A polícia ganhou uma preocupação a mais com o clássico. O impasse entre Vasco e Fluminense quanto à localização de suas torcidas nas arquibancadas do Maracanã criou um clima de tensão para o dia do jogo. A organizada do Vasco chegou a emitir uma nota se eximindo de responsabilidade em caso de briga. Uma atitude reprovável que exigirá reforço de policiamento.

Na nota, os vascaínos acusam a diretoria tricolor de agir baseada em vaidade ao tirar deles um lugar que lhes pertence historicamente. Segundo eles, será de responsabilidade do Tricolor qualquer incidente que aconteça no entorno do Maracanã. Em tom de ironia, a facção lembra ainda que o Fluminense lhe deve gratidão.

“Solicitamos que (o presidente Roberto Dinamite) lembre ao Presidente Peter Siemsen que, quando o Fluminense caiu para a Terceira Divisão, o Vasco o recolocou na Primeira Divisão em 2000; e, este ano, quando o Engenhão foi interditado, nós prontamente cedemos São Januário para que eles tivessem onde jogar na Libertadores”, afirmou a nota.

A principal organizada do Fluminense respondeu com uma nota de repúdio em que prega a paz no estádio, critica a referência à possibilidade de violência feita pelos vascaínos e pede respeito ao contrato com o Maracanã, que lhes garante o direito de se acomodar no lado direito das tribunas de imprensa do estádio. A nota ainda revida a ironia e lembra que o Vasco não vive bom momento dentro das quatro linhas, tendo conquistado apenas um título nos últimos dez anos.

Em meio a esta troca de acusações e alfinetadas, quem perde é o torcedor. Hoje, a Polícia Militar e o Gepe irão anunciar como será o esquema de policiamento.