Futebol

Preferia o Faustão

E ainda tem gente que acha ruim passar o domingão em casa, largado, na maior moleza, sapeando o controle remoto entre o \"Domingo Legal\", do Gugu Liberato, e o \"Domingão do Faustão\". Duro é ter de sentar à frente do computador e encontrar inspiração para escrever a história que Fluminense e Vasco protagonizaram ontem, no Maracanã. Pior do que o enfadonho 1 a 1 é recordar que um dia essas duas equipes fizeram a decisão do mesmo Campeonato Brasileiro e tiveram craques como Rivellino, Roberto Dinamite, Edinho, Romário, Gérson, Geovani, Bebeto, Ricardo Gomes, entre outros.
Hoje, infelizmente, eles têm seus consagrados números e camisas usadas por Rissutt, Ygor, Romeu, Claudemir, Paulão, Ângelo... Chega, tá de bom tamanho!

Juro que não é má vontade e vou me esforçar para lembrar os melhores momentos de um primeiro tempo tão ruim que até o árbitro Wilson Seneme preferiu ir para o intervalo sem dar os acréscimos. Pensei, pensei, e o único lance que me veio à cabeça foi a furada bisonha de Juliano aos 41 do primeiro tempo, quando o camisa 10 do Fluminense, a mesma que já foi de Rivellino e Assis, caiu de cara no chão. De resto, somente um chute de Tuta, que Cássio defendeu, e um chute por cima de Faioli, que nem sequer assustou Diego.

Para mostrar que realmente não estou de má vontade, podemos dizer que o segundo tempo foi menos pior do que o primeiro. Pelo menos no quesito disposição. Mas, curiosamente, até os gols saíram de jogadas erradas. O de Tuta veio após um chute torto de Osmar - que substituíra Lenny no segundo tempo -, mas que acabou deixando o tricolor na cara do goleiro. Aí foi só tocar por cima de Cássio e comemorar seu nono gol no Brasileirão e a vice-artilharia da competição.

O do Vasco não ficou atrás e ocorreu depois de um pênalti que provocou polêmica, em que Seneme marcou um puxão de camisa de Romeu em Jorge Luiz. Morais cobrou com força para deixar tudo igual. O Flu, que segue sem vencer há seis jogos, ainda chutou uma bola no travessão, com Osmar.

Fonte: Lance