Futebol

Psicóloga do Vasco faz trabalho para evitar pressão por título

O grito de campeão entalado na garganta dos vascaínos, há oito anos sem título, pode sair na quarta-feira, com a conquista da Copa do Brasil sobre o Coritiba. Embora o elenco seja recém-formado e esteja sob novo comando, a pressão da torcida, sedenta por uma taça, será inevitável. Diante do equilíbrio do primeiro confronto, o lado emocional pode ser o diferencial. Exatamente por isso, a psicóloga Maria Helena trabalha para tranquilizar os jogadores.

— Existe sim um trabalho. Mas nesses momentos decisivos gosto de ficar mais reservada. Prefiro que o jogador fale — explicou. A blindagem é total, tanto que o clube vetou reportagens fora das entrevistas coletivas durante a semana.

A estratégia do trabalho para aliviar a pressão é detalhado pela presidente da Associação Brasileira de Psicologia do Esporte, Alessandra Dutra. Segundo a especialista, é importante desmistificar a derrota e entender o papel dos torcedores.

— O atleta brasileiro valoriza mais o fracasso. O sucesso ele atribui à sorte, a algo mágico. Tem que mostrar que o processo de treinamento, físico, tático e mental, leva ao sucesso — defende, falando ainda sobre pressão de torcida:

— Muitos torcedores dão a vida pelo clube, isso cria uma pressão. Mas estão lá para torcer, não para julgar. Quando o atleta entende o papel do torcedor, diminui a pressão e joga junto com a torcida.

O papel do técnico

Quando essa fórmula deu certo, mesmo que ao acaso, jejuns foram encerrados, como com a equipe do Botafogo campeã carioca de 1989, comandada por Valdir Espinosa.

— Eram 21 anos sem título para a torcida e o clube. Mas nós tínhamos que viver aquele momento. A preocupação foi tirar o peso dos jogadores — lembra Espinosa, confirmando que é esse o papel de Ricardo Gomes com o Vasco.

— Para o treinador é mais tenso. Em cima dele está a estratégia, o aspecto psicológico, ainda mais em decisão. O Ricardo tem essa capacidade, pela condição de ex-jogador, a bagagem, ele passa a todos mais tranquilidade — acredita.

Ano passado, o Fluminense quebrou o jejum de 26 anos sem título brasileiro. Alcides Antunes, ex-vice de futebol do clube, resume bem a sensação de quebrar uma escrita.

— Uma angústia, parece ter 800 toneladas nas costas. Quando é campeão você quase voa.

Fonte: Extra
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