Rebaixada para a Série C, a Lusa só obteve lucro em um jogo: Contra o Vasco

Pela primeira vez na Série C do Campeonato Brasileiro, a Portuguesa pretende vender parte do terreno do Canindé para a iniciativa privada em busca de conseguir renda para se sustentar durante a disputa da 3ª divisão em 2015, segundo a Folha de S. Paulo.

Para deixar o estado de "pré-falência", como definiu Marco Antônio Teixeira Duarte, presidente do Conselho Deliberativo, o clube procura um parceiro interessado em arcar com os custos da reconstrução do estádio, transformando-o em um espaço lucrativo.

"Estamos analisando esse projeto. Queremos criar um complexo maravilhoso, nos moldes da arena do Palmeiras, mas dez mil vezes melhor", afirmou o dirigente.

As dívidas da Lusa giram em torno dos 100 milhões, e a negociação poderia ser uma saída para a arrecadação de renda. "Do jeito que está não dá. Tive de pagar as contas de água e funcionários com meu dinheiro. Não temos caixa para bancar o futebol. A folha salarial está atrasada há três meses. E o jogador que não recebe não joga direito", lamentou o presidente Ilídio Lico.

Segundo o mandatário, a ideia é que uma empresa banque a demolição do Canindé e construa um estádio menor na área. Em contrapartida, esse parceiro teria o direito de explorar comercialmente o espaço.

O público das partidas da Portuguesa comprova que o projeto pode ser uma boa saída. A capacidade do Canindé é de 21 mil torcedores, porém, na soma dos 15 jogos disputados em casa, compareceram apenas 18 mil pessoas.

Por isso, os jogos no estádio acabaram dando um prejuízo de mais de 270 mil reais para a Lusa na Série B. Apenas o duelo contra o Vasco foi lucrativo, quando a renda foi de 35 mil reais. "O clube precisa de torcedores tanto quanto o rio de água. Hoje, não temos isso", declarou Lico.