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Reforma de São Januário faz o Vasco ter uma situação clara

Com um atraso considerável para as projeções iniciais, o Vasco segue avançando no projeto da reforma de São Januário. Atualmente, o clube evita dar novos prazos para o início das obras. Mas um assunto tem sido recorrente nas discussões sobre a nova Colina Histórica: a acústica do estádio.

Desde 2024, quando a acústica ruim da então recém-inaugurada Arena MRV passou a chamar a atenção, o Vasco passou a dar um tratamento especial para este assunto. E o clube já tem uma situação clara: não pode cometer o mesmo erro do Atlético-MG, que custou ao clube cerca de R$ 22 milhões para resolver o problema.

E o Vasco vai usar como exemplo o próprio São Januário para ter uma boa acústica no estádio após a reforma. A fachada histórica, que será preservada, é um modelo que será seguido em outros setores do estádio para manter o som da torcida vascaína ecoando por todo o estádio.

Isso porquê a fachada histórica de São Januário é vazada na parte superior, fazendo o vento e o som circularem com mais facilidade. Isso será seguido nas outras partes do estádio. Ao menos, foi o que garantiu Sérgio Dias, arquiteto responsável pela modernização do estádio do Vasco.

— O tema da acústica é muito recorrente e é uma preocupação clara. Recentemente, um ou dois estádios recém-inaugurados apresentaram problemas de acústica, de ressonância — afirmou Sérgio Dias em entrevista coletiva nesta sexta-feira.

— Sem crítica aos projetos anteriores, o nosso não terá isso. A fachada histórica será mantida e ela é ventilada. E os setores a serem construídos vão manter a mesma característica de ventilação total — completou o arquiteto.

A opção pelas partes “vazadas” na arquitetura do estádio não foi feita apenas pela acústica. A primeira ideia, na verdade, era amenizar o calor típico do Rio de Janeiro e daquela área de São Januário.

— Isso foi especialmente pelo conforto térmico. Aqui é uma região de muito calor, então a gente precisa desse vento para resfriar a temperatura e melhorar o conforto das pessoas — afirmou Sérgio Dias.

— O vazamento de vãos é a melhor resposta para a acústica. O que gera o problema, a reverberação, é o som batendo na parede, no teto, e reverberando contra os locais dos torcedores. Isso não vai acontecer com a gente. Nós teremos três níveis de circulação e todos serão ventilados — explicou Dias.

Qual será a capacidade do novo São Januário?

Apesar do projeto da reforma de São Januário estar avançado, ainda há uma importante dúvida sobre qual será a capacidade do estádio. Pelo projeto aprovado na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, o local terá espaço para 47.383 torcedores. No entanto, há um desejo de aumentar a capacidade para cerca de 57 mil pessoas.

O que vai decidir a capacidade do novo São Januário, no entanto, não será apenas a vontade dos diretores do clube. O lado financeiro será o principal fator levando em consideração neste aspecto.

— O projetista tem que ser o intérprete das necessidades, das demandas. A gente responde por isso. Não adianta fazer um estádio para 100 mil pessoas para ficar vazio e não ter capacidade financeira, nem de manter — disse Sérgio Dias.

O arquiteto responsável pela obra afirmou que é possível aumentar a capacidade de São Januário, mas reforçou que a decisão será do financeiro.

— A gente foi fazendo diversos estudos para atender as demandas da diretoria. Chegamos a algumas capacidades. A última estudada foi 57 mil pessoas, mas vai depender de uma decisão de operação. Se fica de pé, se é viável, possível, uma série de coisas. Operacionalmente, em termos de projeto, 57 mil é possível. Já fizemos reuniões com Corpo de Bombeiros, com Bepe e é adequada para isso. Mas vai depender da diretoria do Vasco e dos valores aferidos — completou Dias.

Quando começam as obras do estádio do Vasco?

Inicialmente, quando o projeto do potencial construtivo de São Januário foi aprovado na Câmara, há um ano, a ideia era iniciar a reforma do estádio entre o fim de 2024 e o começo de 2025. Mas a falta de recursos impediu que o desejo do clube fosse realizado.

Atualmente, o Vasco vendeu apenas cerca de 20% de todo o potencial construtivo de São Januário. Mas há uma expectativa de que este processo ande nos próximos meses.

Na próxima semana, o Vasco vai realizar uma Assembleia Geral Extraordinária com os seus sócios para a criação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). Esta será uma empresa controlada pelo clube com o objetivo específico de emitir, vender e receber recursos pelo potencial construtivo, além de ser responsável pela obra.

Atualmente, a vontade do clube é iniciar as obras até o fim de 2025, mas há uma expectativa otimista de que isso possa acontecer ainda no começo do segundo semestre.

Fonte: Trivela
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