Durante a maior parte dos seus 18 meses como técnico do Vasco, Renato Gaúcho penou para encontrar a dupla de zaga ideal. Testou vários jogadores, mas nenhum aprovou totalmente. O problema parecia sem solução até que, no segundo semestre do ano passado, o argentino Emiliano Dudar cruzou o destino do treinador. Renato apostou no desconhecido zagueiro, que só tinha visto jogar em DVD, e foi recompensado. Ao lado de Dudar, o vigoroso Fábio Braz se firmou e hoje a zaga não tira mais o sono do treinador.
Sempre achei que a zaga ideal é formada por um jogador técnico e outro que usa mais a força. O difícil é encontrar dois jogadores com esses estilos e que se encaixem. O Dudar e o Fábio Braz se completam atesta, satisfeito, Renato.
Até agora os números estão a favor da dupla. Dudar e Fábio Braz jogaram seis jogos juntos. Destes o Vasco perdeu apenas um, para o Cruzeiro (2 a 1). Nos outros cinco, o time levou gol em três partidas (1 a 1 com o Santos, 3 a 1 contra o Flamengo, mesmo resultado conseguido contra o Paraná). Em duas partidas, o Vasco saiu de campo sem ser vazado (3 a 0 no Palmeiras e 1 a 0 no São Caetano).
Dudar agradece até hoje a oportunidade que lhe deram em São Januário. Tanto que recusou duas ofertas para se transferir para o futebol europeu. As propostas, uma do Sion (Suíça) e outra de um clube modesto da Itália, não o seduziram e o argentino decidiu ficar:
Sou grato pela forma como fui recebido. Isso foi fundamental para minha rápida adaptação. Só deixo o Vasco se for para jogar num grande clube europeu.
Se Dudar agradece o carinho dos companheiros, Fábio Braz é grato pela segurança que o argentino trouxe à zaga. Fábio Braz passou por maus momentos antes de Dudar chegar. Com ele em campo, o Vasco sofreu goleadas humilhantes 5 a 1 para o Figueirense em 2005; 4 a 1 para o Botafogo; e 5 a 1 para o São Paulo em 2006 e seu futuro no clube chegou a ficar ameaçado.
Acredito que podemos repetir o bom desempenho que tivemos no ano passado. O entrosamento agora é ainda melhor diz Fábio Braz.
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