Renato com moral: outros caem, ele fica

Troca de técnicos é o que há de mais comum no futebol especialmente no Rio. Bastam quatro ou cinco insucessos seguidos e pronto: o comandante está no olho da rua, e outro assume. A exceção e isso não de agora - é o Vasco.
Renato Gaúcho está desde julho de 2005 à frente do time cruzmaltino. De lá para cá, acompanhou um troca-troca frenético nos outros clubes do Rio. Só pelos lados da Gávea, por exemplo, seis treinadores já estiveram no comando do Flamengo durante a estada de Renato na Colina. No Botafogo, quatro. No Fluminense, que segunda-feira demitiu Oswaldo de Oliveira - apesar de o Tricolor estar na briga pela vaga na Libertadores -, foram cinco técnicos (veja a linha do tempo lá embaixo).

O detalhe é que, apesar de Renato ter colecionado bons resultados desde que pintou em São Januário livrou o clube da Série B em 2005, levou-o à Copa Sul-Americana e há pouco o classificou para a final da Copa do Brasil -, nem tudo foram flores. Renato também levou de sete do Atlético Paranaense, de cinco do Figueirense, não disputou as semifinais de nenhum dos dois turnos do Campeonato Carioca, e ainda perdeu para o rival Flamengo a final da mesma Copa do Brasil, derrotado nos dois jogos. E embora tenha balançado algumas vezes no cargo, ele se mantém firme e forte.

- Se eu tivesse sido demitido depois da derrota para o Flamengo, acharia normal - reconheceu Renato, que sempre que pode faz elogios à maneira com que a diretoria cruzmaltina prestigia seus técnicos. No Vasco, bato palmas para a diretoria. O técnico tem tempo para mostrar se é bom ou ruim. Tive alguns maus resultados, mas ainda assim a diretoria me passou toda a confiança. No clube, sabem que estou dando o meu máximo.

Apesar da relação aparentemente pacífica com os cartolas cruzmaltinos, Renato Gaúcho sabe que seu ciclo em São Januário terá fim mais cedo ou mais tarde. Só que enquanto isso não acontece, ele vai curtindo o fato de estar à frente de um time há tanto tempo - no Brasil, ele só perde para Mano Menezes, do Grêmio, e PC Gusmão, do Cruzeiro:Não tenho motivos para sair. A torcida do Vasco gosta de mim.