Um jogo de futebol pode ser decidido nos mínimos detalhes. Um clássico entre Vasco e Flamengo, então, nem se fala. Disposto a evitar surpresas, o técnico Dorival Júnior destrinchou, ponto a ponto, as principais armas do rival na partida de domingo. Falar, porém, não foi o bastante. Na quarta-feira, o treinador comandou trabalho tático em que simulou possíveis situações de jogo no Maracanã.
Em aproximadamente 40 minutos de treino, Dorival Júnior usou e abusou do direito de interromper a atividade para melhor orientar os jogadores do time principal. Nem os reservas escaparam. Um dos titulares mais cobrados foi Alex Teixeira. O atacante terá a missão de realizar o primeiro combate ao zagueiro Fábio Luciano, no treino interpretado por Gian.
Quem também preocupa o técnico é Josiel. Antes do início da atividade, Dorival deu instruções em alto e bom som no meio do gramado. Coube a Alan Kardec, enfiado entre os zagueiros, simular a função do camisa 9 do Flamengo.
O Josiel é um jogador que se antecipa. Ele não espera atrás, ele se adianta na bola cruzada na área. É assim que ele joga afirmou.
Dorival Júnior também não deu sossego aos jogadores do meio-decampo vascaíno. O avanço de Ibson é uma arma tradicional do Rubro-Negro. Além disso, as variações táticas do rival, com a escalação do lateraldireito Léo Moura no meio, aumentam ainda mais a necessidade de uma coordenação perfeita dos marcadores. O treinador não deu um minuto de paz aos titulares, tudo em função da vitória no Maracanã.
Ainda temos de melhorar os pequenos detalhes em campo. Parando o treinamento, você acaba conscientizando o atleta do posicionamento e do que está acontecendo a sua volta.
Ao meu ver, futebol é repetição. Só assim se atinge alguma coisa além do limite que se é colocado para um grupo afirmou.