O comportamento dos torcedores cariocas entrou na pauta da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer e da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj), que realizará na manhã desta quinta-feira uma reunião com as torcidas organizadas dos times de futebol do Rio de Janeiro, no Maracanãzinho, para ajustar os detalhes da partida do próximo domingo, entre Fluminense e Vasco no Maracanã.
O encontro, que contará ainda com o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), o Consórcio Maracanã S.A, a Federação das Torcidas Organizadas do Estado do Rio de Janeiro (FTORJ) e a Policia Civil, vai definir se será permitido à entrada e o uso de instrumentos musicais, bandeiras e faixas nos jogos no estádio. Reivindicação que tem entrado nas pautas dos clubes.
O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, durante coletiva de imprensa realizada nesta tarde, afirmou que no contrato firmado com o consórcio Maracanã S.A. não há nenhuma cláusula sobre o assunto, mas disse ser favorável ao uso de instrumentos, bandeiras e faixas dentro do Maracanã.
O secretário de Estado de Esporte e Lazer, André Lazaroni, afirmou estar aberto a negociações. Fomos procurados pelas torcidas organizadas com alguns questionamentos para o dia dos jogos no Maracanã. Eles querem o uso de instrumentos de percussão, faixas e bandeiras, além de poderem tirar a camisa na hora do gol. Esta reunião será de alinhamento, explicou o secretário.
Na última segunda-feira, dia 15 de julho, o secretário Lazaroni recebeu integrantes das torcidas do Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo, e afirmou que o Maracanã foi feito para os torcedores e que é preciso buscar um meio termo para que o espetáculo não seja ofuscado.
Vamos buscar o que é melhor para manter o espetáculo dentro dos estádios, seja em pé ou sentado. Faça chuva ou faça sol, as torcidas organizadas sempre estarão apoiando seus times. O Maracanã foi feito para os torcedores que não deixarão de frequentá-lo, afirmou Lazaroni.
Além do encontro com o consórcio, os torcedores também pediram uma visita de reconhecimento para conhecer melhor o novo Maracanã, a fim de planejar, com a maior segurança possível, a atuação das torcidas cariocas. A FTORJ defendeu a democratização do comportamento dentro do estádio através da organização da disciplina de trabalho.