Rival: Chutes de fora da área viram arma do Botafogo contra o Vasco

O Botafogo de Davide Ancelotti chega ao clássico desta quinta-feira, contra o Vasco, pelas quartas de final da Copa do Brasil, com uma arma calibrada: os chutes de fora da área. Desde a chegada do treinador, o time passou a explorar mais essa alternativa, que já rendeu números expressivos.

No Brasileirão sob comando de Davide, 43% das finalizações certas do Botafogo foram de fora da área. Nos 16 gols marcados até aqui, cinco saíram em chutes de longa distância - ou seja, 31% das bolas na rede vieram dessa forma, quase um terço do total.

Curiosamente, não era esse o estilo desejado pelo italiano. Após a goleada sobre o Fortaleza, ele havia demonstrado incômodo com a quantidade de tentativas de longe.

- Temos que procurar criar oportunidades de qualidade, chutar menos de longe, porque é mais difícil de fazer gols, e procurar passar mais com a bola dentro da área, porque a gente faz gol na área. A bola parada também, três gols no mesmo jogo ajudaram. Porque quando temos problemas na efetividade, a bola parada ajuda a fazer gols - disse Davide, no início de agosto.

A mudança veio no ajuste da orientação ao elenco. Em vez de desencorajar os chutes, Davide passou a indicar em quais situações eles poderiam ser eficazes.

Finalizações do Botafogo

Fonte: Gato Mestre; Números do Brasileiro 2025

- Chutar de fora da área... Depende de como, de onde, de quando. Chutar de fora da área pode ser uma grande oportunidade. Hoje (vitória contra o Bragantino) acho que foram boas oportunidades, com boas probabilidades de fazer gol. A gente incentiva isso quando fora da área significa boa probabilidade. Se é um chute com todo o time adversário e a 40 metros da baliza, não tem probabilidade de marcar. Então incentivamos, sim, na situação em que um chute de fora da área pode ser perigoso - explicou, depois da partida contra o Bragantino.

Nesse jogo, aliás, o Botafogo venceu por 4 a 1, com três gols de fora da área: Danilo, Newton e Savarino marcaram dessa forma. Mas as tentativas não se limitam a eles. Outros jogadores também vêm se destacando no fundamento, como Kaio Pantaleão, que quase marcou no duelo de ida contra o Vasco; Marlon Freitas, que arrisca com frequência; além de Barboza e Alex Telles, que têm se apresentado no ataque com essa característica.

Atrelada a isso, uma curiosidade sobre o adversário: na eliminação do Vasco na Copa do Brasil em 2024 para o Atlético-MG, o goleiro Léo Jardim sofreu o gol da eliminação justamente dessa forma: Hulk recebeu na entrada da área e chutou cruzado no canto direito do arqueiro - na época, o jogador afirmou ter usado uma informação de seu scout para fazer o gol, e ge fez um levantamento sobre os gols sofridos do camisa 1.