O chefe da comissão de arbitragem da CBF, Rodrigo Cintra, apoiou a decisão do árbitro Flavio Rodrigues de Souza de expulsar, com segundo cartão amarelo, o goleiro Léo Jardim, do Vasco, contra o Internacional.
O dirigente também apontou acerto de Ramon Abatti Abel ao manter o cartão amarelo a Fausto Vera, do Atlético-MG, após uma falta em Plata, do Flamengo.
"Foi uma rodada muito boa para a arbitragem, para o futebol brasileiro", disse Cintra.
Sobre Léo Jardim
"A expulsão a gente viu que o árbitro acertou. Temos uma situação prevista no texto da regra, orientação da Fifa. O árbitro agiu com correção, tentou analisar e dar o suporte para que o jogador fosse atendido. O árbitro chegou no último recurso, mesmo com apoio do assistente, voltando lá pela segunda vez, com o médico do lado do jogador sem proceder atendimento. Não é que seja uma instrução excepcional da CBF. É texto de regra. E a Fifa cada vez mais está coibindo esse tipo de situação".
E o lance do Flamengo x Atlético-MG
"Foi questão textual também. Aquela questão é clara e óbvia. Para haver uma situação clara e óbvia de gol, se ele não tem o domínio e a posse plena da bola, ele não tem um dos quatro "Ds", que é o domínio. Então, quando ele mata a bola e ela vai em direção ao meio da área e tem um defensor cobrindo, é inquestionável. Mas a gente entende, um mesmo árbitro no Mundial aplicou o vermelho. Mas ali foi distinto, porque esse "D", de domínio pleno, estava presente. A gente respeita opiniões, mas não podemos fugir do texto da regra".
Há uma nova recomendação sobre cera?
"A recomendação que temos é que todos estejam atentos à modernidade do futebol. Torcedor paga para assistir ao jogo. Um jogo de 90 minutos, o árbitro tem que buscar sempre o máximo de tempo de bola em jogo".
O sarrafo está mais alto para retardamento de jogo?
"O que aconteceu foi um excesso e não do árbitro. Todas as tentativas que o árbitro teve, ele cumpriu em detalhes, foi minucioso nos procedimentos. Infelizmente, o jogador não buscou o retorno à partida. Lamentavelmente, vamos ver isso mais vezes, se os jogadores desafiarem a arbitragem. Não é uma questão específica para este jogador. Agora, é comum? Não. Não é comum. Quando um jogador recebe amarelo por uma conduta como essa, normalmente ele recua e volta a jogar futebol. O que vocês vão ver acontecer novamente são outras expulsões, mas não porque aconteceu essa. Se acontecer um desafio, o árbitro deve coibir de todas as formas".
E o laudo médico que o Vasco mostrou depois? "Eu não tenho como analisar laudo médico. Eu não sou médico. O árbitro recomendou atendimento, perguntou se ele queria e ele não quis. O árbitro está ali para cumprir a regra com os elementos que ele tem. O árbitro tentou a todo instante evitar a perda de tempo. Inclusive, excedendo nas tentativas e preventiva, com o assistente vindo perguntar".
Não podemos polemizar esse tipo de situação. O futebol espera muito mais. O futebol espera o jogo. Torcedor vai para assistir ao jogo. Não é a CBF ou o árbitro. É a Fifa. Estamos aqui para cumprir, por mais que um não saia contente às vezes. O árbitro nunca é o herói, mas ele está ali para cumprir. Se ele não cumprir, quem será advertido será ele.
Rodrigo Cintra, presidente da comissão de arbitragem da CBF
Tanto Vasco quanto Flamengo reclamaram das decisões do fim de semana diretamente com Cintra